Peso ótimo de abate de suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Eduardo Alexandre de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/27408
Resumo: Resumo: No Brasil, o abate de suínos é realizado quando os animais atingem 90 a 120 kg de peso vivo, o que, devido à evolução genética desses animais, pode não ser o peso ideal de abate, diminuindo a rentabilidade da indústria. Com a realização do trabalho, pretendeu-se reavaliar o peso ótimo de abate de suínos, com base em características de desempenho zootécnico, carcaça, cortes e rentabilidade econômica. No capítulo 1 é apresentada uma revisão bibliográfica, com os principais artigos publicados sobre o tema. Nos capítulos 2 e 3, dados de dois experimentos, realizados nos anos de 2009 e 2010 são analisados. Nesses capítulos, avaliou-se o desempenho zootécnico, características de carcaça, cortes e análise econômica de 390 suínos da linhagem Agroceres PIC, criados em baias de 10 - 11 machos ou fêmeas. Para a avaliação de cortes, utilizou-se 71 animais. Foi efetuado o fornecimento programado de 2,8 kg de ração por animal por dia a partir de 80 kg até os pesos de abate (PA) de 100,71±0,85, 118,58±0,99, 134,07±1,18 e 143,90±1,24 kg. Não houve interação entre sexo e peso de abate (p>0,17). O ganho de peso diário diminuiu com o PA (R²=61,67%) e a conversão alimentar apresentou discreta piora (R²=43,29%). Ocorreu efeito quadrático para o rendimento de carcaça (R²=51,3%) enquanto a espessura de toucinho, a área de gordura e a área de olho de lombo aumentaram linearmente com o PA (R² entre 70,1 e 76%). Não houve relação do PA com a porcentagem de carne magra na carcaça (p=0,55). Com o incremento no peso de abate, houve aumento linear do peso bruto do pernil, paleta e carré (R² entre 84,3 e 93,2%), assim como da quantidade de carne e ossos do pernil, paleta e carré, quantidade de ossos da barriga+costelass e de pele+gordura do carré (R² entre 72,39 e 92,72%), com efeito similar, mas menos intenso, sobre a quantidade de carne da copa (R²=34,73%). O peso (R²=90,6), quantidade de carne (R²=85,43%) e de pele+gordura (R²=86,83%) da barriga+costelas aumentaram de forma quadrática, assim como a quantidade de pele+gordura da paleta e de osso da copa (R² entre 42,96 e 56,77%). O PA afetou pouco o rendimento da paleta (R²=14,28%) e não afetou significativamente o rendimento de pernil, carré, copa e barriga+costelass. O custo de produção apresentou comportamento quadrático (R²=97,7%), com ponto de mínima calculado para o peso médio de abate em torno de 135 kg. Conclui-se que, com o manejo adotado, o abate de suínos em pesos elevados é viável, com pouco efeito sobre o desempenho, sem piora da qualidade de carcaça, aumento na quantidade de carne por unidade abatida e melhoria da rentabilidade econômica.