Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Guilherme, Pablo Damian Borges |
Orientador(a): |
Borzone, Carlos Alberto, 1955- |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/29823
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Resumo: |
Resumo: Os caranguejos do gênero Ocypode são reconhecidos como peça chave do ecossistema de praias arenosas por participar do fluxo de energia entre o mar, a praia e a duna. A principal ameaça que sofrem é a perda ou fragmentação do habitat causada pela perturbação antrópica e pela elevação do nível do mar devido às mudanças climáticas. O presente estudo teve como objetivo estudar a influência dos estratos fisiográficos da zona litoral ativa e suas alterações sobre a distribuição e abundância da espécie Ocypode quadrata em praias do litoral paranaense, Brasil. Primeiramente foi estudada a influência dos estratos fisiográficos em uma praia de Pontal do Paraná com dois setores ligeiramente distintos (A: com dunas e B: sem dunas), nas marés de sizígia e quadratura. Em campo foram estabelecidos três blocos por setor onde se realizou as amostragens, sendo uma transecção para a determinação do perfil praial, outra para análise de cobertura, altura e composição da vegetação, cobertura de detrito, e três para a contagem e mensuração de tocas (ativas e inativas) por bloco. No setor A foram caracterizados cinco estratos: médiolitoral (ML), zona de detrito (DR), supralitoral (SP), duna frontal incipiente (DFI) e duna frontal estabelecida (DFE). No setor B, após o supralitoral, localizou-se a restinga (RE), acima de uma falésia. A abundância de tocas (ativas e inativas) foi maior no setor A do que no B e maior na maré de quadratura do que na sizígia, mesmo que sejam analisados apenas os estratos praiais. A distribuição das tocas ativas no setor A foi concentrada no SP e DFI, enquanto no setor B foi no SP e DR. A maioria das tocas inativas no setor A estiveram nas dunas, já no setor B ocorreram nos mesmos estratos que as ativas porém em menor intensidade. A fim de estudar o impacto da remoção de um estrato fisiográfico na abundância e distribuição de tocas de O. quadrata foram avaliadas três praias (CEM, Assenodi e Ipanema) de Pontal do Paraná em dois setores: Experimental, que diariamente sofria limpeza da linha de detrito, e Controle que foi mantido o aporte natural de detrito intacto. Nesses setores foram amostradas seis transecções que tiveram as tocas (ativas e inativas) de O. quadrata contadas e mensuradas, também em duas situações de maré. A ausência do estrato zona de detrito não afetou a abundância de tocas, pelos menos em curto prazo, embora quando a duna esteve presente, a retirada do detrito forçou a distribuição das tocas em direção contraria ao mar. Desta forma, a perda do ecossistema terrestre (duna) seria extremamente impactante as populações de Ocypode quadrata, visto que 35% da abundância de tocas estiveram distribuídas nesse ambiente. Podendo as alterações na distribuição dos caranguejos causadas pela retirada do detrito, serem drásticas quando realizada em longo prazo, alterando o input de recursos alimentares e desequilibrando o padrão de segregação espacial. |