Variabilidade do gene Raph1 e sua relação com a butirilcolinesterase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrade, Fabiana Antunes de
Orientador(a): Souza, Ricardo Lehtonen Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30077
Resumo: Resumo: A butirilcolinesterase (BChE; EC 3.1.1.8) é uma esterase sérica, sintetizada por células hepáticas e amplamente distribuída no organismo. Peptídeos ricos em poliprolina derivados da lamelipodina (Lpd) foram observados dirigindo a formação e fazendo parte da estrutura tetramérica da BChE. A Lpd é uma proteína que atua na formação de protrusões da membrana celular e, é codificada pelo gene RAPH1, localizado no mesmo sítio cromosssomico do loco CHE2 (2q33). A coincidente localização no cromossomo e a relação com o tetrâmero da BChE levou à hipótese do gene RAPH1 ser o loco CHE2. O presente trabalho estudou a variabilidade do gene RAPH1 em amostras de euro (N = 100) e afro-brasileiros (N = 66), buscando também encontrar a mutação responsável pelo fenótipo CHE2 C5+, avaliando em 34 indivíduos CHE2 C5+ e 92 CHE2 C5-, os SNPs encontrados encontrados no estudo da variabiliade do RAPH1. Nos exons estudados foram encontrados apenas 2SNPs (rs3813365 e rs2465520), ambos já descritos nos grupos etnicos estudados. A genotipagem de um tagSNPs selecionado (rs2246118, íntron 6) e os observados nos exons mostrou que apenas o rs3814365 apresentou frequência alélica diferente entre afro e euro-brasileiros. Quando as frequências dos SNPs nas populações de estudo foram comparadas com frequências européias e africanas (disponíveis no NCBI), os resultados indicaram, para os três SNPs, um gradiente de frequência entre as populações, que reflete, provavelmemente, as variantes alélicas presentes nas populações fundadoras. A avaliação da região codificadora do RAPH1entre diferentes espécies indicou um alto grau de homologia e conservação. A frequência dos três SNPs estudados foi avaliada entre os fenótipo CHE2 C5+ e CHE2 C5-. Foi observada associação apenas quando as combinações dos alelos em haplótipos foram avaliadas, sendo dois haplótipos observados associados ao fenótipo CHE2 C5+. Quando o fenótipo CHE2 C5+ foi separado em fenótipo fraco e forte, com relação à intensidade da banda C5, os mesmos haplótipos mostraram associação, um ao fenótipo forte e o outro ao fraco. A atividade da BChE também foi avaliada nesses fenótipos, e mostrou ser, em média, maior em CHE2 C5+ forte quando comparado com fraco e CHE2 C5-. Estes resultados corroboram a hipótese de que o gene RAPH1 seja o loco CHE2 e que a interação entre Lpd e BChE parece interferir na atividade enzimática apenas em CHE2 C5+ forte.