Um estudo comparativo entre Francesco Gasparini e os trataditas portugueses do baixo contínuo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Dias, Gustavo Angelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/27391
Resumo: Resumo: Portugal viveu, no século XVIII, um momento musical que reflete a influência italiana de forma decisiva. A presença de importantes compositores, cantores, cenógrafos e instrumentistas italianos, bem como a ida de aprendizes lusitanos à Itália, refletem uma verdadeira adoção da música barroca italiana. Neste período, a música italiana é não apenas apresentada nas igrejas, na corte e nos teatros públicos, mas também assimilada e transformada numa tradição lusitana. Surgem importantes compositores influenciados por este estilo musical, e a própria teoria desenvolve-se a partir dele. Neste trabalho apresento um estudo de seis obras teóricas portuguesas que abordam o baixo contínuo, ou seja, a prática do acompanhamento realizada por instrumentos harmônicos característica do período barroco. As obras perfazem todo o período da teoria do baixo contínuo em Portugal, e sua abordagem se dá à luz de uma importante fonte e influência da teoria musical italiana, o Armonico Pratico al Cimbalo (1708), de Francesco Gasparini. Abordando o desenvolvimento da teoria do baixo contínuo na Itália, busco tecer uma relação com as obras portuguesas ao longo de todo o período, assim como uma contextualização na prática musical, cuja demanda motivou a publicação destas obras em língua pátria. A partir destes fatores, é possível notar que, se por um lado os primeiros tratados ecoam em grande medida os ensinamentos italianos, um desenvolvimento teórico significativo se dá sobretudo a partir do Novo Tratado de Música, Metrica e Rythmica (1779), de Francisco Ignacio Solano - ainda que a aplicação do baixo contínuo contemporânea ao tratado se desse numa prática em parte conservadora, se comparada à atividade dos grandes centros musicais europeus.