Banco de sementes no solo de planícies inundáveis inseridas na floresta ombrófila mista no Estado do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Ariadne Josiane Castoldi
Orientador(a): Nogueira, Antonio Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/18999
Resumo: Nesta pesquisa avaliou-se o potencial do banco de sementes do solo em dois remanescentes da Floresta Ombrófila Mista Aluvial no Estado do Paraná, através da análise quali-quantitativa da germinação. Adicionalmente, foi verificado se as feições da planície de inundação do rio interferiram no banco de sementes e se houve variação sazonal e vertical. Um dos remanescentes estava localizado no Primeiro Planalto Paranaense, no município de Araucária-PR, sob influência do rio Barigüi, onde predomina Gleissolo Melânico, sobre rochas metamórficas de alto grau (Complexo Migmatito-Granulito); o outro, no Segundo Planalto Paranaense, em Balsa Nova-PR, na foz do rio dos Papagaios, sobre arenito Furnas, em Neossolo Flúvico. Em cada área foram consideradas as feições geomórficas dominantes, representadas por micro-relevos (baixio e alteamento) em Araucária e por barra e interbarra em Balsa Nova. O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas a nível de profundidade, com cinco repetições, estratificando-se for feições geomórficas. O banco de sementes foi coletado em três estações do ano (inverno, primavera e verão), sendo retiradas amostras em três profundidades (0 a 3 cm, 3 a 6 cm e 6 a 10 cm), com auxílio de um gabarito de 0,40 m x 0,40 m. Elas foram dispostas em caixas de madeira em casa de vegetação não climatizada, por oito meses, com acompanhamento diário das plântulas emergidas, o que envolveu contagem, coleta e identificação botânica. Sobre a primeira litologia foi observada a ocorrência média de 5.693 sementes/m², considerando-se todos os fatores (feições, estações e profundidades) pertencentes a 276 espécies, distribuídas em 120 gêneros, de 54 famílias; na segunda, ocorreram em média 3.726 sementes/m², pertencentes a 251 espécies, distribuídas em 62 gêneros, de 54 famílias. Houve diferença significativa a 95% de probabilidade entre o total de sementes encontrados em ambas as litologias. Em Araucária foi observada diferença estatística significativa apenas em relação às estações do ano no alteamento. No entanto, em Balsa Nova foram verificadas diferenças: entre as feições geomórficas; entre estações do ano na barra; e entre as profundidades, na interbarra. A composição florística do banco de sementes foi influenciada pela litologia e pelas áreas de entorno da região. A distribuição vertical no solo mostrou-se depender diretamente dos alagamentos provocados pelas cheias dos rios ou pela elevação do nível do lençol freático, que acarretou sedimentação e deposição de sementes no banco.