Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Andrade Tineo, Juan Salvador |
Orientador(a): |
Boligon, Arione Augusti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10694
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Resumo: |
As características do pelame em bovinos estão relacionadas a aspectos adaptativos, com importância na termorregulação e incidência de parasitas. Dessa forma, no presente estudo foram avaliados o escore de pelame (PelD: na desmama, PelS: ao sobreano), além de características comumente utilizadas na seleção (PN: peso ao nascer, GND: ganho em peso do nascimento a desmama, GDS: ganho em peso da desmama ao sobreano, PE: perímetro escrotal, DG1: duração da primeira gestação, DG: duração da gestação, CS: conformação, PS: precocidade, MS: musculatura), visando utilizar essas informações em avaliações genéticas na raça Angus. Para o PelD e PelS, maiores herdabilidades foram obtidas com o modelo limiar (0,249±0,039 e 0,295±0,041, respetivamente) em relação ao linear (0,188±0,29 e 0,218±0,032, respectivamente). Por outro lado, similares valores de herdabilidade foram estimados usando ambos os modelos para CS, PS e MS. Herdabilidades de 0,356±0,058 e 0,189±0,028 foram obtidas para DG1 e DG, respectivamente, e repetibilidade de 0,204±0,027 para DG. As características de crescimento apresentaram baixa variabilidade genética. As correlações de classificação entre os valores genéticos preditos para o PelD e PelS de touros usando os modelos linear e de limiar variaram de 0,75 a 0,95 (considerando 2 a 50% dos melhores touros selecionados). Por outro lado, para CS, PS e MS são esperadas pequenas alterações na classificação dos touros com a utilização desses modelos (correlações de classificação acima de 0,86), independentemente da proporção de touros selecionados. Correlação genética de 0,848±0,055 foi estimada entre o PelD e PelS. Associações genéticas favoráveis e de moderada magnitude foram obtidas entre o PelD e PelS com CS, PS, MS, GND e GDS (variando de -0,329±0,108 a -0,589±0,076), e de baixas magnitudes com PN, PE e DG. A DG1 e DG apresentaram correlações genéticas de 0,558±0,121 e 0,739±0,131 com o PN, respetivamente, e valores baixos ou nulos com as demais características estudadas (variando de -0,083±0,026 a 0,193±0,091). Associações genéticas positivas e moderadas foram obtidas entre o PN com GND, PE, CS, PS e MS (variando de 0,338±0,095 a 0,458±0,092), e nula com GDS (0,127±0,150). Os ganhos em peso apresentaram maiores correlações genéticas com CS, PS e MS, em comparação com o PE e entre si. Foram obtidas correlações genéticas variando de 0,684±0,054 a 0,714±0,050 entre o PE com CS, PS e MS. Mudanças genéticas significativas (P<0,05) e favoráveis foram obtidas para o PelD e PelS. Para as demais características avaliadas, as tendências genéticas mostraram mudanças positivas P<0,001), sendo desfavoráveis para a DG e PN. O modelo de limiar é indicado em avaliações genéticas do PelD e PelS e ambos os modelos para CS, PS e MS. A seleção para maior crescimento, CS, PS, MS e PE deve levar a redução nos valores do pelame, produzindo animais mais adaptados ao clima tropical. Por outro lado, esse tipo de seleção pode provocar dificuldades de parto, sendo a DG1 uma alternativa razoável a ser considerada na composição dos índices de seleção visando evitar a ocorrência de partos distócicos em gerações futuras. |