Encapsulação do ácido fólico e avaliação de sua estabilidade frente a tratamentos térmicos e irradiação UVA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Evangelho, Jarine Amaral do
Orientador(a): Zavareze, Elessandra da Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4314
Resumo: O ácido fólico é um micronutriente precursor de vários cofatores enzimáticos necessários para a síntese de ácidos nucleicos, interconversão de aminoácidos, metilação do DNA, RNA e proteínas. Uma alimentação deficiente de folatos pode ocasionar vários distúrbios em humanos, tais como defeitos congênitos, doenças cardíovasculares, anemia megaloblástica, doença de Alzheimer e alguns tipos de câncer. Tendo em vista a instabilidade do ácido fólico a diferentes condições, objetivou-se com esse estudo caracterizar as fibras e cápsulas de zeína preparadas pelas técnicas de electrospinning e electrospraying, respectivamente e utilizá-las para encapsular o ácido fólico. Soluções de zeína 30% foram utilizadas para produção de fibras e 9% para o desenvolvimento de cápsulas. Foram adicionados ácido fólico nas concentrações de 0,5, 1,0 e 1,5% (p/v) nas soluções poliméricas. A fibras e cápsulas foram avaliadas quanto a morfologia, diâmetro, espectroscopia de infravermelho com transformada de fourier (FTIR), propriedades térmicas por análise termogravimétrica (TGA), eficiência de encapsulamento, estabilidade térmica e a luz por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massa (LC/MS). As soluções de zeína pura e adicionadas de ácido fólico foram capazes de formar fibras e cápsulas uniformes. O diâmetro médio das fibras variou de 369 a 702 nm, enquando das cápsulas foram de 291 a 339 nm. Houve interação entre o ácido fólico e a zeína observada pelos espectros de FTIR, tanto para fibras como para cápsulas. O encapsulamento do ácido fólico na forma de fibras ou cápsulas aumentou sua estabilidade térmica, conforme observado pelas curvas termogravimetricas. As fibras e as cápsulas de zeína com ácido fólico apresentaram alta eficiência de encapsulação (>80%). O ácido fólico puro apresentou 70% de degradação quando exposto a 180°C, enquanto o encapsulado em fibras ou em cápsulas proporcionou a estabilidade do ácido fólico. A fotodegração do ácido fólico puro foi de aproximandamente 26%, no entanto, quando a vitamina foi incorporada as fibras de zeína,foi observado estabilidade a luz. As fibras e cápsulas de zeína com ácido fólico desenvolvidas nesse trabalho, apresentaram características promissoras para aplicação em alimentos que necessitam de processamentos térmicos e exposição a luz.