Lipídeos de Microalgas Antárticas: Análises por Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas e estudos preliminares das atividades antioxidante e antibacteriana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santi, Ivandra Ignês de
Orientador(a): Pereira, Claudio Martin Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10396
Resumo: A Antártica compreende um reservatório de micro-organismos e macro- organismos, dentre eles, as macroalgas, conhecidas por sua riqueza em compostos fitoquímicos. As macroalgas são consideradas um fonte de esteroides e ácidos graxos, classes de metabolitos envolvidos na fluidez e permeabilidade da membrana. O presente estudo tem por objetivo a extração e quantificação de esteróis de quatro macroalgas vermelhas da Antártica: Palmaria decipiens, Plocamium cartilagineum, Iridaea cordata e Pyropia endiviifolia, em que a extração de esteróis envolve hidrólise alcalina da biomassa de algas. A quantificação de colesterol, brassicasterol, campesterol, estigmasterol, β- sitosterol e fucosterol foi realizada por cromatografia a gás acoplada à espectrometria de massa (CG-EM). Avaliou-se também o perfil de lipídeos por meio de analises cromatográficas e espectroscópicas de cinco macroalgas da Antártica, Adenocystis utricularis, Desmarestia confervoides, Curdiea racovitzae, Myriogramme manginii e Ulva intestinales bem como avaliou-se também as atividades antioxidante e antibacteriana. Na quantificação de esteroides, o colesterol foi o composto mais abundante (216,32 a 3195,69 mg kg-1), seguido de β-sitosterol (131,42 a 654,18 mg kg-1), estigmasterol (68,35 a 393,20 mg kg- 1), brassicasterol (68,56 a 337,43 mg kg-1), campesterol (64,95 a 277,78 mg kg- 1) e fucosterol (57,67 a 286,18 mg kg-1). O brassicasterol não foi encontrado em I. cordata, mas foi identificado nas outras três amostras. No resultado do perfil de lipídeos das cinco macroalgas e foram identificados 31 componentes compreendendo principalmente em ácidos graxos (48,73 -331,91 mg.Kg-1), esteróis (14,74 - 321,25 mg.kg-1 e álcoois (13,07 - 91,87 mg.kg-1). Além disso, Desmarestia confervoides apresentou uma atividade antioxidante de 86,03 % de inibição do radical DPPH a 1 mg.mL-1. A avaliação antibacteriana mostrou que extratos de Ulva intestinales, Curdiea racovitzae e Adenocystis utricularis inibiram o crescimento de Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Salmonella typhimurium (ATCC 14028) em concentrações de 1,5 a 6 mg.mL-1. Assim, as macroalgas Antárticas avaliadas neste estudo possuem potencial em compostos químicos que incluem representantes de lipídeos e além disso, apresentam atividades promissoras como agentes antioxidantes e antibacterianos que podem ser aplicadas pelas indústrias farmacêutica, biotecnológica e alimentícia.