A aprendizagem da ortografia e o uso de estratégias metacognitivas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Monteiro, Carolina Reis
Orientador(a): Miranda, Ana Ruth Moresco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7838
Resumo: Este trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa sobre o uso de estratégias metacognitivas no processo de aprendizagem da ortografia de uma turma de segunda série do Ensino Fundamental de uma Escola Particular da cidade de Pelotas. A ortografia possui diversas facetas que devem ser consideradas pela criança, pois suas regras não são da mesma natureza e envolvem diferentes competências para sua aquisição. Em alguns momentos, a criança precisará atentar para a posição de determinada letra na palavra, em outros, precisará observar a morfologia da palavra, dentre outros aspectos. Em conseqüência disso, foi proposta uma intervenção que privilegia a reflexão e a explicitação de pensamentos bem como o uso de estratégias metacognitivas. As atividades propostas que visavam o uso de estratégias metacognitivas tiveram como foco os erros relacionados às motivações fonéticas e fonológicas, às correspondências regulares contextuais e às correspondências irregulares que se verificam entre as letras e os sons do sistema ortográfico. O erro ortográfico, nesse estudo, é considerado construtivo e importante para o processo de aquisição, pois indica as hipóteses que a criança tem a respeito de como se estrutura o conhecimento ortográfico. Os objetivos centrais desse estudo consistem em: a) descrever e analisar a evolução dos erros ortográficos encontrados nas produções textuais das crianças, os quais são classificados com base em três categorias (categoria 1 - motivação fonética e fonológica; categoria 2 - não observância de regras contextuais; e categoria 3 - irregularidade do sistema ortográfico); e b) avaliar os efeitos das atividades metacognitivas desenvolvidas sobre a performance ortográfica das crianças. Os resultados encontrados têm mostrado que os erros pertencentes à primeira categoria deixam de ser observados a partir das primeiras intervenções; os da categoria 2 apresentam uma crescente redução no número de ocorrências à medida que as atividades de metacognição vão sendo desenvolvidas e as crianças passam a construir regras que regulam o uso da ortografia; já os erros que se enquadram na categoria 3, embora passem a ser encontrados com menor freqüência, são aqueles que se mostram mais persistentes à intervenção, uma vez que demandam também o uso de estratégias mnemônicas. É importante salientar que os resultados revelam uma clara influência positiva das atividades reflexivas para a ampliação do conhecimento ortográfico das crianças estudadas, o que se manifesta tanto nas produções textuais espontâneas como nas explicitações verbais das crianças em relação aos erros e à norma ortográfica.