Análise antropogeomorfológica em geossítio da história da mineração: estudo nas Minas do Camaquã – RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Von Ahn, Maurício
Orientador(a): Simon, Adriano Luís Heck
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4790
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de identificar e analisar a evolução espaço-temporal das formas do relevo, com ênfase nas feições antropogênicas, da Área de Abrangência do Geossítio Minas do Camaquã (RS), a fim de subsidiar a conservação do geopatrimônio na área em estudo. Os procedimentos metodológicos que possibilitaram atingir o objetivo geral foram: (1) levantamento de bibliografia especializada que possibilitou analisar as possibilidades de articulação da abordagem antropogeomorfológica e as principais técnicas de trabalho atreladas a esta abordagem com os princípios da geoconservação; (2) diagnóstico ambiental da Área de Abrangência do Geossítio Minas do Camaquã, realizado a partir do mapeamento da dinâmica das coberturas e usos da terra em consonância com a análise das características do meio físico-ambiental e do processo histórico de ocupação da área; (3) elaboração de mapas geomorfológicos temporais que contemplem três períodos distintos: (a) morfologias originais, (b) fase de perturbação ativa; (c) morfologias antropogênicas; e (4) seleção dos pontos de maior interesse para a elaboração de painéis interpretativos.O diagnóstico ambiental evidenciou a existência de um cenário com significativas intervenções decorrentes do processo histórico de ocupação sobre a geodiversidade, onde o uso da terra atrelado às atividades de mineração foi determinante para a descaracterização da paisagem natural ali existente. Estas alterações contribuíram para a formação de um relevo antropogênico, que possui excepcional valor estético, turístico, científico, histórico-cultural e didático, e deve ser explorado para que possa ser compreendido por turistas, pesquisadores, estudantes e pessoas interessadas em imergir na história das atividades que levaram à criação destas formas em um curto intervalo de tempo. Também foram reconhecidas áreas com características físico-ambientais preservadas, mas que atualmente encontram-se ameaçadas pelo avanço do Projeto Caçapava do Sul da Votorantim Metais para exploração de zinco, cobre e chumbo, com previsão de início das atividades em 2019. Por fim, destaca-se que a geoconservação deve ir além do entendimento das formas naturais do relevo, uma vez que formas antropogênicas atuam no sentido de contar a história dos processos de mineração ativos e inativos, e, portanto, possuem importância no que se refere à conjunção entre os elementos abióticos e socioeconômicos. Ao final da pesquisa foi elaborado um painel interpretativo que será levado a órgãos públicos e privados com o intuito de buscar alternativas para a sua implantação, a fim de promover o geoturismo voltado ao aproveitamento do geopatrimônio antropogênico da Área de Abrangência do Geossítio Minas do Camaquã.