Cinema, educação e morte: quando a infância encontra a guerra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Alves, Joice do Prado
Orientador(a): Bussoletti, Denise Marcos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/ri/2802
Resumo: O universo encantado do cinema nos convida a adentrá-lo de maneira sutil e, através da imagem, nos leva a questionar o que está ao nosso redor e também a repensar nosso papel enquanto indivíduos sociais. Nos rastros de Walter Benjamin, neste trabalho questionamos justamente o aparato técnico cinematográfico, investigando suas potencialidades educacionais e inquirindo o lugar ocupado pela infância, pela morte e pela guerra dentro das películas. Posicionando os conflitos da Segunda Guerra Mundial e os regimes totalitário europeus como contextos históricos, analisamos aqui os filmes "O Labirinto do Fauno" (2006), "O Tambor" (1979) e "Vítimas da Tormenta" (1946), para pensarmos as alegorias presentes nas mortes dos personagens infantis desses filmes, bem como posicionamos e questionamos a imagem enquanto uma importante via de diálogo com o aluno contemporâneo. Por meio dos trabalhos com Walter Benjamin, Marcel Martin, Henry Giroux, Neil Postman, Solange Jobim e Souza, Sandra Jovchelovitch e Jorge Larrosa, discutimos os conceitos de infância, representação, morte, alegoria e cinema educador. Nos apropriando de técnicas próprias ao campo cinematográfico, utilizamos do processo de decupagem como principal caminho metodológico, já que o mesmo nos permite estudar as estruturas do filme e também abre um amplo campo para coleta de dados. Ao fim de nossa análise concluímos que, como defendia Walter Benjamin, a morte e a destruição não representam o fim, mas abrem possibilidades de recomeço. Na alegoria dessas mortes fica o desassossego ao espectador adulto, que pode refletir sobre sua relação com a infância e sobre suas próprias guerras cotidianas.