Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Victorino, Acrísio Pereira |
Orientador(a): |
Barreto, Alvaro Augusto de Borba |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11120
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Resumo: |
Estudos prévios sobre a participação eleitoral na África concentram-se nos fatores políticos e institucionais que influenciam as diferenças de pais no nível agregado de votação. Este trabalho fornece uma análise teórica e empírica dos fatores que condicionam a participação eleitoral no continente africano, buscando combinar fatores de nível individual e contextual que têm impacto na propensão dos cidadãos para votar, tendo como problema: “quais são os fatores que condicionam a participação eleitoral na África”, questão que ainda não recebeu atenção significativa. Foram testadas três ordens de fatores que têm sido utilizadas para explicar a participação eleitoral nas democracias industrializadas (recursos, predisposições psicológicas e redes de mobilização). As análises consistiram na interação de duas bases em um modelo multinível. Utilizaram-se dados da pesquisa do Afrobarometer para analisar os condicionantes da participação eleitoral na África para mais de 130.161 adultos em idade de votar em 36 países, referente a 91 eleições. Descobriu se que os africanos são guiados por quase as mesmas forças que seus homólogos em outros países. As agências de mobilização são cruciais para determinar quem vota nesses países. Notavelmente, identificar-se com um partido político é um dos mais importantes preditores da participação eleitoral. Apesar dos partidos políticos africanos terem credenciais questionáveis, em última análise, desempenham uma função democrática de levar o cidadão a participar das eleições, ou seja, eles ajudam a promover a hábitos políticos mais importante de uma democracia, a votação. Certas características motivacionais subjetivas também influenciam as decisões dos indivíduos de votar, tais como interesse por política, integridade eleitoral, satisfação com a democracia, confiança nas instituições políticas e apoio à democracia. Entre as variáveis demográficas, a idade registra uma relação significativa e positiva com a participação eleitoral. Os achados do estudo em relação ao modelo de situação socioeconômica (SES) são contraditórios: os africanos ricos e mais escolarizados não necessariamente votam mais do que os menos escolarizados e com baixa renda. Além disso, o contexto institucional e a conjuntura não influenciam a propensão dos indivíduos votarem. Não obstante, a efetividade governamental se mostrou importante para explicar a participação eleitoral no continente. |