Produção de vídeo estudantil e formação docente: desafios e potencialidades sob a ótica de professores/as da educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Vânia Dal Pont Pereira da
Orientador(a): Zamperetti, Maristani Polidori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14511
Resumo: O avanço tecnológico contribuiu para que o/a indivíduo/a saísse do status de espectador/a e se tornasse um/a produtor/a de vídeos, movimento que também atingiu a escola. Porém, percebe-se que os cursos de licenciatura ainda não apresentam disciplinas que contemplem a produção de vídeo estudantil como uma atividade pedagógica. Ainda assim, existem no Brasil inúmeros festivais e mostras de vídeo estudantil criados por professores/as da Educação Básica. Neste sentido, esta Tese buscou compreender esses/as professores/as, que não têm formação específica para trabalhar com as tecnologias digitais, como captação, edição, armazenamento e divulgação de forma pedagógica, mas, mesmo assim, produzem vídeos nas escolas em que atuam com seus/as alunos/as. A pesquisa está dividida em sete capítulos nos quais se apresentam a conexão da pesquisadora com a educação e a produção de vídeo estudantil; a formação docente e o uso da tecnologia; a relação do cinema com a educação; o avanço tecnológico e a produção de vídeo estudantil; a metodologia utilizada na investigação; a análise de dados e a conclusão do trabalho. Procurou-se responder à seguinte questão: Como professores/as da Educação Básica produzem vídeos estudantis com seus/as alunos/as? Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa no acervo do Laboratório de Produção de Vídeo Estudantil da Universidade Federal de Pelotas, que conta com mais de quatro mil contatos de professores/as que trabalham com produção de vídeo estudantil no Brasil. A pesquisa teve uma abordagem de estudo de caso, utilizando o instrumento de entrevistas individuais semiestruturadas para a coleta de dados, por meio de encontros onlines com os/as sujeitos/as da pesquisa. Foi selecionado um/a professor/a de cada região do Brasil, de acordo com os critérios pré-estabelecidos. Dos resultados obtidos, emergiram as categorias e subcategorias: Inovação, Formação, Gestão, Afetividade (Relação professor/a, Aluno/a e realidade) e PVE na educação (Prática com PVE e PVE como metodologia). As análises apresentam o olhar dos/as professores/as quanto à realidade vivenciada em sala de aula, demonstrando que para produzir vídeo com seus/as alunos/as, passaram por dificuldades técnicas, metodológicas, preconceito, medo da inovar, condições de trabalho, entre outros, mas que com o desenvolvimento e a capacitação das práticas pedagógicas foi possível descobrir as potencialidades dessa estratégia em sua prática docente. Os/as professores/as entrevistados/as acreditam que a produção de vídeo estudantil é uma atividade que pode colaborar com o ensino, pois torna a aprendizagem dinâmica e prazerosa.