Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Machado, Rafael Peres |
Orientador(a): |
Cavalheiro, Everton Anger |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Profissional em Administração Pública em Rede Nacional – PROFIAP
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Departamento: |
Faculdade de Administração e Turismo
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6472
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Resumo: |
Nas últimas décadas, a crise fiscal tem se agravado em vários Estados brasileiros. Muitos deles apresentam dívidas de bilhões de reais, tornando premente que este problema fiscal seja enfrentado e combatido em várias frentes. Nesse contexto, é importante que se entenda que as variáveis macroeconômicas interagem com as variáveis relativas à execução orçamentária em relações de causa e efeito possibilitando o desenvolvimento econômico ou até mesmo degradação das condições de vida da população. Nesse sentido, este trabalho visa contribuir no enfrentamento dessa crise e na obtenção do equilíbrio fiscal com esclarecimentos de como se dão essas relações e propondo um modelo econométrico que possibilite a realização de previsões das Receitas Correntes para os Estados analisados. Estabeleceu-se como objetivo geral desta pesquisa analisar as causalidades existentes entre as variáveis macroeconômicas PIB, inflação e desemprego e as variáveis de execução orçamentária dos Estados brasileiros. Para isso, foram identificados para o período de 2008-2 a 2015-2 os valores referentes às receitas e às despesas de quatro Estados brasileiros (Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo), bem como os valores referentes às variáveis PIB, inflação e desemprego relativas aos territórios desses entes políticos. Utilizou-se o teste de causalidade de Granger a fim de descobrir as relações de causalidade existentes. Entre os principais resultados, descobriu-se que, segundo esse teste, a Variação Percentual do PIB tem uma relação unidirecional de causalidade com as variáveis utilizadas para representar a execução orçamentária. Identificou-se que ela causa as Receitas Total e Corrente, a Despesa Total e os Quocientes de Execução Orçamentária e de Execução Orçamentária Corrente. Constatou-se que a Variação Percentual do PIB apresenta uma relação positiva com as Receitas Total e Corrente e com a Despesa Total, isto é, havendo elevação ou redução daquela estas também variam na mesma direção. Quanto à inflação, representada pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), descobriu-se que, de acordo com o teste de causalidade de Granger, ela causa a Receita de Capital e o Quociente de Execução Orçamentária, também em uma relação positiva e unidirecional. Analisou-se, ainda, as causalidades existentes entre as receitas e as despesas tendo ficado evidente a existência de uma relação de causalidade bidirecional em quase todas as relações. Por fim, desenvolveu-se o modelo econométrico utilizando o modelo de vetores autoregressivos (VAR). Para a escolha do modelo foram utilizadas somente as variáveis que no teste de causalidade de Granger se demonstraram como causadoras da Receita Corrente. A escolha do modelo foi realizada utilizando-se critérios de escolha de modelos como o R2, R2 ajustado, critérios de informação de Akaike, de Schwarz e Hannan-Quinn. Todos os testes foram realizados utilizando-se os dados em painel. Os testes para a construção do modelo foram realizados no software Gretl. Os demais testes foram realizados com o software Eviews. |