Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cardozo, Priscila Lopes |
Orientador(a): |
Clark, Suzete Chiviacowsky |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
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Departamento: |
Escola Superior de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6494
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Resumo: |
Estudos recentes têm mostrado que instruções induzindo estereótipos de gênero, de peso e de idade podem afetar a aprendizagem motora, respectivamente, de mulheres jovens, com percepção de sobrepeso e idosas. Entretanto, observa-se, ainda, a necessidade de estudos que investiguem aspectos como: generalização dos resultados a outras populações, formas de ameaça do estereótipo, mecanismos subjacentes aos efeitos observados e estratégias capazes de minimizar tal impacto. A partir desta observação, três artigos relacionados à ameaça do estereótipo foram conduzidos: o primeiro envolveu realizar uma revisão de literatura sobre os efeitos da ameaça do estereótipo no domínio do desempenho motor e da aprendizagem motora. O segundo consistiu em verificar se os achados com estereótipo de gênero encontrados em mulheres se estendiam à população masculina, considerada tradicionalmente não estereotipada: participantes de dois grupos receberam instruções sobre uma tarefa de equilíbrio, envolvendo comparação entre homens e mulheres, com explicações de que homens geralmente têm problemas em manter o equilíbrio em comparação as mulheres (grupo estereótipo negativo – EN), ou que mulheres geralmente têm problemas em manter o equilíbrio em relação aos homens (grupo estereótipo lift – EL). O teste de retenção, mensurado um dia após a prática, demonstrou que o grupo EN apresentou menor escore de equilíbrio e satisfação no desempenho em comparação ao grupo EL. Embora os participantes do grupo EN tenham reportado menor satisfação e maior nervosismo do que o grupo EL, as instruções não foram suficientemente fortes para influenciar também a aprendizagem motora. O terceiro artigo verificou se uma forma diferente e sutil de ameaça do estereótipo de gênero, o sexo do experimentador, afeta a aprendizagem motora de condução do futebol em mulheres: as participantes foram divididas em quatro grupos conforme o sexo do experimentador (homem ou mulher) e a presença ou não de ameaça explícita. Os grupos que receberam instrução ativando ameaça explícita foram informados que o experimento envolveu comparar a capacidade de condução e precisão de passe entre homens e mulheres, em que mulheres geralmente têm problemas em conduzir a bola e passar com precisão em comparação aos homens. Os resultados mostraram que tanto a ameaça sutil (o sexo do experimentador) quanto a ameaça explícita afetam o desempenho e a aprendizagem motora e parecem resultar em efeitos aditivos. Os achados desses artigos fornecem evidência de que os efeitos são socialmente construídos, com os estereótipos alterando a forma com que os indivíduos desempenham e aprendem habilidades motoras. Sugere-se a condução de futuros estudos que auxiliem a elucidar quem, como, quando e por que os estereótipos distintos afetam o desempenho e a aprendizagem motora. |