Avaliação clínica de estratégias adesivas utilizadas na cimentação de pinos de fibra de vidro e coroas metalo-cerâmicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Brondani, Lucas Pradebon
Orientador(a): Bergoli, César Dalmolin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3563
Resumo: O uso de cimentos resinosos para restaurações tem se mostrado eficiente, mostrando altas taxas de sobrevivência destas restaurações. Este tipo de material é o mais utilizado na cimentação de pinos de fibra de vidro e de grande importância na cimentação de coroas unitárias. Porém, a existência de diferentes materiais dessa categoria, com propriedades distintas, como os cimentos resinosos autoadesivos ou os cimentos resinosos duais associados a um sistema adesivo, geram dúvidas quanto à melhor estratégia de cimentação para utilizar, no cotidiano da clínica odontológica. Assim, o objetivo deste trabalho foi o de realizar um ensaio clínico controlado e randomizado prospectivo e multicêntrico, com o intuito de avaliar a taxa de sobrevivência de pinos reforçados por fibra de vidro submetidos a duas diferentes estratégias de cimentação, bem como acompanhar longitudinalmente a taxa de sobrevivência de coroas metalo-cerâmicas cimentadas com cimento resinoso autoadesivo. Para ambos os estudos, randomizados dentro dos centros, a amostra foi composta por 152 dentes, os quais foram anualmente reavaliados conforme protocolo estabelecido por até seis (6) anos. No primeiro estudo, avaliou-se as estratégias adesivas: RelyX U 100/U200 (3M®, St Paul, MN, USA) ou Single Bond e RelyX ARC (3M®, St Paul, MN, USA). Os procedimentos de cimentação foram padronizados e realizados por profissionais previamente capacitados e habilitados. O desfecho primário avaliado foi a decimentação do pino ou conjunto/coroa por um avaliador calibrado. O segundo estudo avaliou a longevidade de coroas metalo-cerâmicas cimentadas com cimento autoadesivo pelo mesmo período de tempo, sendo o desfecho primário a falha da restauração (decimentação). A análise estatística empregada foi o método de Kaplan-Meier, com intervalo de confiança de 95%. Não houve diferença estatisticamente significativa, na taxa de sobrevivência entre as duas estratégias avaliadas (p= 0,991), sendo 92.7% para o cimento autoadesivo e 93.8% para os cimentos convencionais. Para as coroas, a taxa de sobrevivência foi de 97,6%. Desse modo, conclui-se que o uso do cimento resinoso autoadesivo se mostra como uma boa alternativa quanto à cimentação de pinos de fibra de vidro e de coroas metalo-cerâmicas, visto ter apresentado, até o momento do estudo, resultados semelhantes ao de técnicas já consolidadas, como, por exemplo, a utilização de cimento resinoso de dois passos (regular), para a realização desses procedimentos, com a vantagem de ter menor sensibilidade técnica.