Comparação das práticas odontológicas segundo modelos de atendimento : tradicional x saúde da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Thurow, Leandro Leitzke
Orientador(a): Costa, Juvenal Soares Dias da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública baseada em Evidências
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4711
Resumo: Com objetivo de integrar serviços de saúde bucal à política nacional reestruturante do modelo tradicional de atendimento à saúde, estabeleceu-se, desde o ano 2000, incentivo federal para financiamento de ações e inserção de Equipes de Saúde Bucal (ESB) na Estratégia Saúde da Família (ESF). A política afirma que a ESB deve-se voltar para reorganização do modelo de atenção e ampliação do acesso às ações de saúde, garantindo atenção integral, com estabelecimento de vínculo territorial. Segundo dados do Ministério da Saúde, ao final de 2012, a população brasileira contava com 22.139 ESB operando em 4.907 municípios. Apesar da amplitude da política, ainda são escassos estudos que avaliam vantagens ou desvantagens práticas do novo modelo em detrimento do modelo tradicional. O presente estudo avaliou no período de agosto de 2012 a julho de 2013 os dois modelos de atenção à saúde bucal que coexistem na cidade de Pelotas/RS. Utilizou-se o Relatório de Produção e de Marcadores para Avaliação (PMA2 C) de 53 cirurgiões-dentistas da rede básica, sendo 7 vinculados a ESB e 46 ao modelo tradicional. Um achado relevante foi a diferença encontrada no acesso/utilização e resolubilidade calculada através da média da razão de Tratamentos Concluídos e Primeiras Consultas Odontológicas Programáticas, sendo quase 50% maior no grupo ESB. Essa diferença pode ser resultado de estratégias que garantam adesão aos tratamentos programáticos. Também houve diferença nos indicadores coletivos - Média de Escovação Dental Supervisionada e Média de Procedimentos Coletivos, respectivamente, aproximadamente 3 e 48 vezes superior nas ESB. Esses dois indicadores evidenciam a característica da ESB sistematizando práticas coletivas simultaneamente com práticas clínicas. Os resultados positivos obtidos demonstram que o modelo ESB, ou estratégias por ele adotadas, devem se estender a mais habitantes do município, principalmente às áreas mais carentes, a fim de proporcionar aumento da proporção de tratamentos concluídos/1ª Consulta Odontológica e maior abrangência das atividades coletivas.