“Nothing but myself... my (selves)”: a construção da (homo)sexualidade feminina nos poemas de Adrienne Rich

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Farias, Ariane Avila Neto de
Orientador(a): Silva, Daniele Gallindo Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3499
Resumo: O presente trabalho tem como principal a reflexão acerca dos diferentes sujeitos femininos trazidos pela poesia de Adrienne Rich. A partir do corpora selecionado da poeta estadunidense, pretende-se refletir sobre o processo de construção da subjetividade e sexualidade desses sujeitos na contemporaneidade em oposição à figura feminina presente no discurso da heteronormatividade hegemônica. Desvinculado das representações sociais que assumem ser o corpo feminino um mero objeto masculino e indo além da noção de que a posse sexual da mulher é fator mantenedor da ordem social, o eu lírico de Rich é então, o sujeito formado pela e na diferença, figura marcada não apenas pelo seu gênero, mas por sua raça, classe, por sua linguagem e representações culturais. Hoje com a multiplicidade de valores, sentidos e representações, o sujeito feminino centralizado e estático perde seu espaço para uma figura contraditória, dinâmica e fragmentada, resultado de suas experiências. Nesta perspectiva, entende-se que os poemas de Rich aqui discutidos constituem um espaço de reflexão sobre o discurso hegemônico e práticas sociais guiadas pela cultura Ocidental. Assim, procura-se aqui articular a fala de autoras como Simone de Beauvoir e Teresa de Lauretis com os poemas de Rich, mostrando que com a crescente discussão de tal construção promove-se não apenas uma nova percepção de mundo, mas uma mudança no quadro de referências e critérios, na avaliação de fenômenos sociais.