Avaliação imunoistoquímica de neutrófilos e linfócitos no fronte invasivo do carcinoma espinocelular de lábio inferior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Karine Duarte da
Orientador(a): Tarquinio, Sandra Beatriz Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3522
Resumo: Pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) de lábio apresentam prognóstico favorável em comparação aos pacientes com a lesão intraoral. O estadiamento clínico da lesão é a principal forma de avaliação do prognóstico do CEC oral, além dos sistemas de gradação histológica dos tumores. A análise do budding tumoral (BT) e do infiltrado inflamatório na região do fronte invasivo tumoral (FIT) podem configurar-se como fatores prognósticos complementares, já que para alguns tipos de câncer, entre eles o CEC intraoral, BT positivo, contagem elevada de neutrófilos no tumor, sangue ou ambos e razão neutrófilos/linfócitos (RNL) aumentada representam um pior prognóstico para os pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença e a RNL no FIT, bem como a associação desses achados com o grau histológico de malignidade (GHM) dos tumores e o BT em uma amostra de CEC de lábio. Revisou-se os arquivos do Centro de Diagnóstico das Doenças da Boca da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas, buscando-se lesões submetidas a biópsias excisionais de CEC em lábio inferior e classificando-as segundo um sistema de classificação do GHM. Realizou-se técnica imunoistoquímica com os anticorpos CD66b e CD3 para avaliação de neutrófilos e linfócitos, respectivamente. O anticorpo AE1/AE3 foi empregado para a classificação do BT. Neutrófilos CD66b+ e linfócitos CD3+ foram analisados semi-quantitativamente no FIT. De um total de 43 casos, 36 (83,7%) eram tumores bem diferenciados e 32 (74.4%) não apresentavam BT. Observou-se baixa infiltração de neutrófilos e alta de linfócitos (índices 0,8 e 2,0, respectivamente) na região do FIT, acarretando baixa RNL na mesma região. Portanto, a alta diferenciação tumoral, os poucos casos exibindo BT positivo e a baixa RNL no FIT podem estar associadas ao melhor prognóstico do CEC labial.