Análise das normatizações orientadoras dos vídeo-registros de gênero acadêmico em língua brasileira de sinais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cardoso, Alexandre Bet da Rosa
Orientador(a): Lebedeff, Tatiana Bolivar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14457
Resumo: Há diferentes formas, tais como escrita e vídeo, que podem ser usadas para registrar informações, principalmente com as possibilidades de suporte que as novas tecnologias apresentam para facilitar e qualificar o recebimento e a disseminação de informações às pessoas surdas. Vídeos produzidos por surdos são formas importantes de registro tanto para esta comunidade quanto para a comunidade em geral. Com a ampliação dos cursos superiores de Letras Libras e com o ingresso de cada vez mais pessoas surdas em programas de pós-graduação, é evidente a preocupação com a divulgação, em Libras, do conhecimento produzido em pesquisas científicas, que servem como referências para futuras consultas, tendo em vista que para produzir um conhecimento novo recorremos a pesquisas publicadas em canais formais. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a produção e o uso de normatizações que regulam os vídeo-registros do gênero acadêmico em Libras, buscando responder quais seriam os elementos presentes nas normatizações dos vídeo-registros em Libras para trabalhos científicos que potencializariam a leitura do texto sinalizado. Nesta pesquisa foi realizado um estudo comparativo das normatizações existentes no Brasil provenientes da Universidade Federal de Santa Catarina e do Instituto Nacional de Educação de Surdos. Foi analisada a adequação dessas duas normatizações com base na opinião de surdos sobre textos acadêmicos em Libras. A produção de dados envolveu a participação de 21 colaboradores com formação universitária e pós-graduação, todos surdos, que realizaram a análise de textos acadêmicos em Libras. Os entrevistados avaliaram elementos selecionados, que são: fundo e iluminação; vestuário; posição de filmagem; título, autor/tradutor; resumo; sinais principais; abstract; citações; rodapé; e tempo/tamanho do artigo, de ambas as normatizações, para colaborar na qualificação dessas normas. Como resultado, foram registradas: a) a preferência pelo fundo de cor cinza dos vídeos; b) para o vestuário, as indicações são para cor preta em caso de texto longo, com a cor azul para as seções e com a cor vermelha para as citações; c) com relação ao rodapé, a indicação dos entrevistados se refere ao uso de camisa azul para indicar número do rodapé e camisa preta para texto longo em rodapé. Com base nas sugestões dos entrevistados, a única mudança a ser realizada na normatização da Universidade Federal de Santa Catarina se refere à cor do fundo para cinza, assim como é utilizada pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos. Os entrevistados se sentiram confortáveis com a maioria das regras estabelecidas pela Universidade Federal de Santa Catarina.