A experimentação na formação de professores de Química: um discurso em ação

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Frozza, Edson
• Orientador(a): Pastoriza, Bruno dos Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Análise de discurso; Aula experimental; Formação de professores; Discourse analysis; Experimental class; Teacher training
• Área do conhecimento CNPq: CIENCIAS EXATAS E DA TERRA
• Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10326

O estudo apresentado nessa dissertação objetivou compreender o discurso sobre experimentação que se faz presente nos cursos de formação de professores de Química e que orienta algumas das práticas desenvolvidas nesse espaço, bem como na Educação Básica. Para tal, nos apoiamos e apropriamos das ideias de discurso, basicamente dos processos arqueológicos, produzidos e discutidos por Michel Foucault e outros autores. Nesse processo teórico e metodológico de Análise do Discurso, o discurso é compreendido como prática. Nesse sentido, ele produz efeitos sobre as práticas e ações enquanto é produzido, reproduzido, intensificado por elas. O corpus de análise compreendeu entrevistas com professores que ministram aulas de Química experimental no curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Pelotas, documentos oficiais que orientam os cursos de formação de professores e um grupo de materiais e produções do campo da Educação Química. A partir da análise desenvolvida, se evidenciou a emergência de um enunciado que a todo o momento é posto em ação, atualizado e reforçado, o qual pode ser descrito como: a experimentação é marcada por elementos e processos que sistematicamente buscam a diferenciar e a separar da teoria no nível da formação universitária. Há um discurso que põe em jogo determinadas práticas que orientam os processos e atividades desenvolvidas nas aulas experimentais, bem como na própria organização do curso. Destaca-se, então, a importância em repensar as práticas desenvolvidas e naturalizadas nos cursos de formação de professores de Química.