Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Darley, Francine Toralles |
Orientador(a): |
Gamaro, Giovana Duzzo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10573
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Resumo: |
A sensação dolorosa afeta a qualidade de vida e os sistemas neurobiológicos podendo causar alterações físicas, comportamentais e psicológicas. Destes, fatores psicológicos como o estresse, podem influenciar diretamente a percepção de sensações dolorosas. A intensidade dessas respostas irá depender do tipo de estresse ao qual um indivíduo é exposto. Neste contexto, a busca para o tratamento de sintomas dolorosos continua sendo um desafio. Estudos recentes indicam que a utilização da técnica de estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) vem sendo utilizada para o tratamento de diferentes patologias. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo investigar o uso de ETCC, por 20 minutos durante o período de 8 dias, no tratamento de 24 ratos Wistar machos. Inicialmente os animais foram randomizados e divididos dois grupos, controle e estresse. Os animais do grupo estresse foram submetidos ao protocolo de estresse crônico variado (ECV) que foi validado através do teste do consumo de alimento doce, teste do campo aberto (Open field) e peso de glândulas adrenais. Antes de iniciar o tratamento com ETCC os animais dos grupos controle e estresse foram subdivididos em dois grupos de tratamento, estimulação sham e ETCC ativo (corrente elétrica de 2 mA na área do córtex motor). Para avaliação da resposta nociceptiva, o teste de retirada da cauda (Tail-flick) foi aplicado antes e após o tratamento com ETCC. Ao final do experimento os níveis de BDNF foram dosados no hipocampo como medida central e no sangue como medida periférica, ambas dosagens foram de acordo com a metodologia de ELISA. Considerando os resultados obtidos para validação do protocolo de ECV, o teste do consumo de alimento doce demonstrou indução de anedonia nos animais do grupo estresse (p<0,02), o teste do campo aberto indicou maior latência de saída do primeiro quadrante (p=0,04) e menor número de cruzamentos (p=0,003) nos animais estressados. Já o número de rearings não apresentou diferença estatística entre os grupos (p=0,17). Além disso, o peso das glândulas adrenais foi maior nos animais estressados (p=0,003). O teste de retirada da cauda basal demonstrou indução de hiperalgesia nos ratos estressados (p<0,001), os testes aplicados imediatamente (p=0,21) e 24 horas (p=0,14) após ETCC não houve diferença estatística entre os grupos e tratamentos. Os níveis de BDNF no hipocampo de animais estressados e tratados com ETCC foi maior quando comparado aos controles e sham (p=0,007), foi observada diferença estatística nos níveis de BDNF periférico quando comparado os grupos controle e estresse (p<0.001) e tratamento ETCC e sham (p<0.001). Nossos achados confirmam a eficiência do protocolo de ECV na indução de hiperalgesia. Além disso foi possível verificar o potencial da utilização de ETCC como uma alternativa para reversão dos baixos níveis de BDNF, causados pelo estresse crônico. |