Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Carolina Clasen |
Orientador(a): |
Vasconcelos, Ana Carolina Uchoa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4609
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Resumo: |
As lesões periapicais representam sequelas de um processo de necrose pulpar, geralmente causado por cárie ou traumatismo dentário. Essas lesões endodônticas podem ser crônicas (cisto periapical, granuloma periapical ou abscesso crônico) ou agudas (periodontite apical ou abscesso periapical agudo) - e compreendem a radiolucência mais comumente encontrada nos maxilares. Entretanto, uma variedade de lesões intraósseas localizadas na região apical, não relacionadas à condição pulpar, pode ser clinicamente diagnosticada, de forma equivocada, como periapicopatias. A literatura afirma que aproximadamente 0,65% a 6,7% das lesões clinicamente diagnosticadas com origem endodôntica sejam lesões periapicais não endodônticas (LPNE). Considerando a importância de definir a prevalência e o perfil demográfico desses diagnósticos errôneos no Brasil, o objetivo do presente estudo multicêntrico foi determinar a frequência e as características clínicas de LPNE com diagnóstico clínico de periapicopatias, em três centros brasileiros de referência em patologia oral (Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Pelotas e Universidade Federal da Bahia), e discutir esses achados com aqueles descritos na literatura. Um estudo retrospectivo foi realizado por meio da coleta de dados oriundos de material enviado para análise anatomopatológica. Casos de diagnósticos histopatológicos de LPNE com diagnóstico clínico de patologias endodônticas foram recuperados. Dados referentes à idade, sexo e localização anatômica foram coletados. Além disso, foi realizada uma revisão da literatura sobre falhas diagnósticas endodônticas, publicadas em três bases de dados eletrônicas. Entre 66.179 biópsias orais, 7.246 (10.94%) foram diagnosticadas, clinicamente, como lesão periapical, dos quais 430 (5.93%) foram diagnosticados histopatologicamente como LPNE. A lesão mais frequente foi o cisto de origem odontogênica (n=124, 28.84%) seguido pelo ceratocisto odontogênico (n=107, 24.88%). A média de idade foi de 39.30 anos (variação de 6 a 80 anos). Duzentos e dezesseis (50.23%) casos acometeram o sexo masculino. A região póstero-mandibular foi observada em 174 (41.42%) casos informados. Uma variedade de diagnósticos histopatológicos, incluindo lesões císticas e tumorais odontogênicas e não odontogênicas, doenças infecciosas e neoplasias malignas foram observadas no presente estudo multicêntrico. As características apresentadas neste estudo foram consistentes com achados relatados na literatura. |