Contribuição da vegetação espontânea no manejo de insetos benéficos em agroecossistemas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Hellwig, Leticia.
Orientador(a): Mauch, Carlos Rogério
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4998
Resumo: Um conjunto de alternativas para o manejo agroecológico de insetos vem sendo desenvolvido, incorporando técnicas que mantêm e ampliam a biodiversidade nos agroecossistemas. Nessa esfera, destaca-se a manutenção da vegetação espontânea nas áreas de cultivos para aumentar a população de insetos benéficos. A pesquisa ora apresentada teve como intuito identificar e contextualizar a utilização da vegetação espontânea no manejo dos agroecossistemas, por agricultores de base ecológica, além de verificar a percepção desses agricultores sobre a importância dos insetos e sua interação com a vegetação espontânea. Assim, conjugando os elementos de investigação com dados da pesquisa experimental para legitimar o uso da vegetação espontânea como estratégia para conservação da diversidade da entomofauna em cultivo de couve. Para isso, a investigação etnobotânica foi realizada com 25 informantes-chave de base ecológica vinculado à Cooperativa Sul Ecológica e à ARPA-Sul, foi possível inferir sobre a associação de cinco espécies de plantas espontâneas para o manjo de insetos, como repelentes e atraentes, além da dificuldade de identificação dos insetos presentes nos agroecossistemas. Desta forma, na pesquisa experimental foi investigada a contribuição da vegetação espontânea ao controle biológico conservativo no cultivo de couve, através do levantamento da entomofauna presente no cultivo da couve com diferentes manejos da vegetação espontânea: couve com presença constante de vegetação espontânea nas entrelinhas, couve sem vegetação espontânea, couve com capina a cada 21 dias e com capina seletiva – manutenção das plantas de caruru. A vegetação espontânea apresentou efeito positivo na conservação da entomofauna benéfica em cultivo de couve, sobretudo as plantas de caruru, sem afetar a produção, além de ser menor a população de pulgões. Assim, a manutenção de plantas de caruru é recomendada como estratégia para incrementar a população de insetos benéficos e dessa forma, contribuir no controle biológico conservativo.