Toxocara canis: avaliação in vitro, in silico e ex vivo de moléculas sintéticas derivadas da cumarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Débora Carvalho
Orientador(a): Scaini, Carlos James
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14129
Resumo: A toxocaríase humana é uma parasitose tecidual negligenciada, cujo o principal agente etiológico é o nematódeo Toxocara canis. Os benzomidazólicos, anti-helmínticos de escolha para o tratamento dessa parasitose, apresentam taxas de resolução clínica entre 45 e 70%, devido a sua baixa solubilidade em água e difícil ação em nível tecidual. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a atividade de moléculas sintéticas derivadas da cumarina (COU) sobre larvas de Toxocara canis, além avaliar essas moléculas in silico e ex vivo. Foram avaliadas onze moléculas (na concentração de 1 mg/mL), em duplicata, em placas de microcultivo, contendo larvas de T. canis em meio RPMI-1640, sendo incubadas, a 37°C e tensão de CO2 de 5%, por 48 horas. Após foi determinada a concentração larvicida mínima (CLM). A molécula COU 6, na CLM de 0,5 mg/mL, e a molécula COU 9, na CLM de 1,0 mg/mL, apresentaram-se eficazes contra 100% das larvas de T. canis. Para as análises in silico das moléculas COU 6 e COU 9 foram utilizados os softwares Swiss ADME e Molinspiration. As moléculas COU 6 e COU 9 apresentaram parâmetros de biodisponibilidade adequados, como alta capacidade de metabolismo e absorção gastrointestinal, e de permear a barreira hematoencefálica. Outro resultado importante obtido, foi a ausência de citotoxicidade da molécula COU 9 na CLM eficaz (1 mg/mL). Nas condições estudadas, conclui-se que a molécula COU 9 é candidata à composto-protótipo e à testes pré-clínicos, e a molécula COU 6 é potencial candidata.