Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Manke, Emanuele Baifus |
Orientador(a): |
Teixeira-Gandra, Claudia Fernanda Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5347
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Resumo: |
O conhecimento da precipitação em uma determinada região é de extrema importância para o dimensionamento de obras hidráulicas, sendo que muitas vezes é necessário o conhecimento das precipitações extremas, as quais podem ser determinadas por meio de relações de intensidade, duração e frequência. No entanto, muitas vezes há uma grande dificuldade na obtenção de séries longas de dados de precipitação em pequenas durações, as quais são fundamentais para obtenção das relações de intensidade-duraçãofrequência. Uma alternativa é o uso de modelos que permitam a simulação estocástica da precipitação, os quais são calibrados com base em estatísticas dos dados observados. Um dos modelos que tem sido comumente aplicado na simulação da chuva é o de Bartlett-Lewis de Pulso Retangular Modificado, porém normalmente o mesmo é utilizado na modelagem da precipitação de cada mês do ano separadamente e praticamente não se conhece o comportamento deste quando aplicado de forma anual ou sazonal. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi simular a influência da sazonalidade na obtenção das relações de intensidade-duração-frequência de precipitação por meio da modelagem estocástica. Os dados de precipitação utilizados compreendem o período de 1982 a 2015. A partir dos registros pluviográficos foram obtidas as estatísticas descritivas das séries de precipitação do verão e do inverno, para as durações de 5, 10, 15, 30, 60, 120, 360, 720 e 1440min. As estatísticas estimadas foram a média, a variância, o coeficiente de autocorrelação de retardo 1 e a proporção de períodos secos. Com base nestas foram estabelecidos os conjuntos estatísticos A, B, C, D e E, os quais foram utilizados na estimativa dos seis parâmetros do modelo. Os parâmetros foram aplicados na simulação da precipitação do período do verão e do inverno, para todas as combinações de estatísticas estabelecidas. As séries simuladas foram comparadas com as observadas do período do verão e do inverno e também com as obtidas por Dorneles et al. (2019), utilizando o erro relativo médio quadrático e o teste de Wilcoxon. Os dados simulados de cada um dos conjuntos foram utilizados na obtenção das equações de intensidadeduração-frequência, para as duas estações do ano. Além disso, as intensidades históricas do verão e do inverno foram comparadas com as determinadas por Dorneles et al. (2019), bem como os parâmetros das equações de intensidade-duração-frequência para os mesmos períodos. A análise dos parâmetros do modelo possibilitou verificar que esses apresentaram algumas variações entre as estações avaliadas, ou seja, a sazonalidade afetou a estimativa dos parâmetros. O modelo apresentou um ajuste satisfatório em relação as estatísticas das séries simuladas em todos os conjuntos analisados, porém a comparação das intensidades máximas permitiu concluir que a precipitação foi subestimada pelo modelo para ambas as estações. As relações intensidade-duração-frequência dos dados históricos do período do verão apresentaram pequenas diferenças quando comparadas às de Dorneles et al. (2019), contudo o oposto foi verificado para o inverno. |