Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Martins Filho, Antonio Orlando Farias |
Orientador(a): |
Bertacco, Renata Torres Abib |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13831
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Resumo: |
As doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes tipo 2, a hipertensão e a obesidade, são responsáveis pela maioria dos óbitos em todo o mundo. No entanto, é viável prevenir tais condições de saúde, bem como seus impactos negativos, através da adoção de comportamentos modificáveis, como a prática de uma alimentação saudável. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento alimentar e as práticas alimentares de pacientes com diabetes tipo 2 e/ou hipertensão e sua associação com fatores sociodemográficos e antropométricos. Estudo transversal realizado com brasileiros adultos e idosos, com diagnóstico prévio de diabetes tipo 2 e/ou hipertensão, que frequentaram os ambulatórios de nutrição do Centro de Diabetes e Hipertensão da Universidade Federal de Pelotas. O comportamento alimentar foi mensurado por meio do Three-factor Eating Questionnaire-R21 (TFEQ R21), enquanto as práticas alimentares foram obtidas pela escala de adesão ao Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB). Foram aferidas medidas de peso, altura e percentual de gordura corporal (PGC) para avaliação do estado nutricional. Bem como dados de sexo, idade, escolaridade e estado civil. Foi utilizada regressão de Poisson para examinar a relação entre comportamento e práticas alimentares com dados sociodemográficos, e regressão linear simples e múltipla para análise da associação entre comportamento e as práticas alimentares com Índice de Massa Corporal (IMC) e PGC dos indivíduos. Para todas as análises considerou-se o nível de significância de 5%. Participaram do estudo 275 voluntários, sendo a maioria do sexo feminino e com menos de 60 anos de idade. Indivíduos do sexo masculino e os idosos apresentaram menor probabilidade de obter altas pontuações nos domínios de ‘alimentação emocional’ (AE) e ‘descontrole alimentar’ (DA). Em contraste, os idosos tiveram maior probabilidade de adesão às recomendações do GAPB. Observou-se associação positiva entre as pontuações altas de AE e DA e o IMC, enquanto maiores pontuações das práticas alimentares estiveram negativamente associadas ao IMC. Altas pontuações nas dimensões de AE e DA foram positivamente associadas ao PGC, independente dos fatores de confusão incluídos na análise. Por outro lado, maiores escores de práticas alimentares recomendadas pelo GAPB apresentaram associação inversa com o PGC. Indivíduos do sexo masculino e com mais de 60 anos apresentaram menores prevalências de alta pontuação em AE e DA. Os idosos apresentaram maior prevalência de adesão às práticas alimentares do GAPB. Altas pontuações de AE e DA foram positivamente associadas com IMC e PGC. As práticas alimentares mostraram associação inversa com IMC e PGC. A compreensão de como fatores psicológicos, sociais e culturais influenciam o comportamento e as práticas alimentares pode contribuir para uma abordagem de tratamento mais abrangente e eficaz, visando mudanças de comportamento duradouras. |