Densidade de plantio e produção do maracujazeiro-amarelo no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Weber, Diego
Orientador(a): Fachinello, José Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3017
Resumo: A fruticultura apresenta-se como importante fonte de renda ao alcance do pequeno agricultor familiar, devido a alta demanda de mão de obra e o considerável rendimento para pequenas propriedades. Uma frutífera adaptada e de grande potencial no Brasil é o maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims), devido o seu ciclo produtivo ser relativamente curto, alta produtividade e ótima qualidade do suco. Com a adaptabilidade da cultura na diversidade edafoclimática do Brasil, faz -se possível a produção de maracujá-amarelo em todas as regiões do país. Entretanto, pouco se conhece de seu crescimento, desenvolvimento e desempenho nas condições edafoclimáticas do Sul do Rio Grande do Sul, onde tem se invernos com geadas e verões mais curtos em relação as regiões tropicais. Objetivou-se avaliar as características produtivas e físico-químicas dos frutos do maracujazeiro-amarelo produzidos em Pelotas/RS, sob três densidades de plantio. O trabalho foi desenvolvido na UFPel/FAEM, nos anos de 2011 e 2012. Utilizou-se a seleção ‘Ovalado Grande’ de maracujazeiro-amarelo, desenvolvida pela Epagri/EEUR. O plantio foi realizado em outubro de 2011, sob sistema de condução em espaldeira, com irrigação por gotejamento e polinização manual. Os tratamentos (densidade de plantio) foram: tratamento D1 com distância entre plantas de 2,5m utilizando uma planta por cova, 1.600 plantas por hectare (plantas ha -¹); tratamento D2 com distância entre plantas de 1,5m utilizando uma planta por cova, 2.666 plantas ha -¹ e; tratamento D3 com distância entre plantas de 2,5m utilizando duas plantas por cova, 3.200 plantas ha -¹. Em todos os tratamentos o espaçamento entre filas foi de 2,5m. As variáveis de produção foram: produtividade estimada (P), produção por planta(PP), número de frutos por planta (NFP), número de frutos por hectare (NFH), massa média de frutos (MMF) e dias da antese até a maturação do fruto (DAMF). As variáveis físico-químicas foram: sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação SS/AT (RATIO), coloração da epiderme (CE), espessura média do pericarpo (EP), comprimento médio do fruto (CMF), diâmetro médio do fruto (DMF) e rendimento de polpa (RP). Não houve diferença estatística significativa entre os tratamentos para as variáveis MMF (249,24g) e DAMF (73,5 dias). Para as variáveis de produção, PP, NFP e NFH houve superioridade para os sistemas menos adensados, assim o tratamento D1, obteve melhor desempenho. Porém, considerando que o adensamento no plantio do maracujazeiro-amarelo promove maior produtividade, o tratamento D3 obteve melhor desempenho produtivo neste contexto, alcançando uma excelente produtividade, de 25,45 t ha -¹. Para as variáveis físico-químicas, não houve influência dos tratamentos em todas as variáveis. Porém os frutos apresentaram ótima qualidade, com ótimo padrão para o mercado ‘in natura’ , com valores considerados de alto padrão para as variáveis CMF (107,30mm), DMF(85,39mm), SS (11,25ºBrix) AT (5,67%) e EP (5,73mm) e RP (51,42%). Recomendase o cultivo do maracujazeiro-amarelo na região de Pelotas, RS, utilizando-se a densidade de plantio de 3.200 plantas ha -¹ (2,5 x 2,5m com duas mudas por cova).