Variabilidade genética, respostas fisiológicas e morfoagronômicas para tolerância ao calor em batata Raquel Bartz Kneib Pelotas,

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Kneib, Raquel Bartz
Orientador(a): Castro, Caroline Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4743
Resumo: A batata é o terceiro principal cultivo para alimentação humana no mundo. É uma cultura originária dos Andes e é extremante sensível ao aumento da temperatura. O calor é considerado o principal fator incontrolável que afeta a produtividade em um cultivo de batata. Frente ao cenário de mudanças climáticas, estudos das características relacionadas à tolerância à alta temperatura são primordiais para que os programas de melhoramento genético avancem no desenvolvimento de cultivares que atendam à crescente demanda por germoplasma mais adaptado ao estresse de calor. Assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito da alta temperatura em genótipos que compõem a base genética do programa de melhoramento de batata da Embrapa, quanto às respostas fisiológicas e morfoagronômicas, e relaciona-las ao desempenho de genótipos contrastantes quanto à tolerância ao calor. Para isto foram desenvolvidos três estudos. O primeiro capítulo compreende um estudo do efeito da temperatura supraótima no estádio de início de tuberização, bem como em caracteres morfofisiológicos associados à produção de tubérculos. Genótipos de batata foram cultivados, desde o plantio, até o final do ciclo, em câmaras de crescimento, com fotoperíodo de 12 horas, sob duas condições de temperatura: controle (14-27°C) e supraótima (24-34°C). Como resultado deste primeiro capítulo pode-se observar que a temperatura não influenciou no início do estádio de tuberização, mas prolongou o período para a emergência, reduziu o número de plantas que atingiram o estádio de emergência, além de reduzir a produção de tubérculos e aumentar a ocorrência de tubérculos embonecados. O segundo capítulo aborda a utilização de metodologias de fenotipagem não invasiva como ferramenta na seleção de genótipos de batata tolerantes à temperatura supraótima. Alterações nos parâmetros de trocas gasosas e de fluorescência da clorofila possibilitaram distinguir os genótipos com diferentes níveis de tolerância ao calor, resultando na identificação de uma metodologia para a avaliação rápida, e não destrutiva, do germoplasma de batata para, indiretamente, selecionar genótipos contrastantes quanto à tolerância ao calor. O terceiro capítulo aborda a caracterização de 18 genótipos de batata quanto às respostas fisiológicas e morfoagronômicas associadas à tolerância à temperatura supraótima. O germoplasma apresentou grande variabilidade quando exposto ao estresse de calor. A temperatura supraótima causou alterações em variáveis morfoagronômicas e fisiológicas, sendo que os genótipos que apresentaram as melhores respostas na condição supraótima foram os mesmos identificados como superiores na condição controle. Os resultados obtidos neste trabalho servirão de base para direcionar estudos futuros no melhoramento genético de batata visando a oferta de cultivares que contribuirão para mitigar os efeitos adversos do aquecimento global.