Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Fernando da Silva |
Orientador(a): |
Siqueira, Tirzah Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Centro de Engenharias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7523
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Resumo: |
Estudos em campo voltados para estimar a distribuição das espécies são necessários, porém muitas vezes limitados, onerosos e trabalhosos. Uma ferramenta que pode ser utilizada para minimizar estes problemas é a modelagem da distribuição de espécies (MDE), que permite estimar áreas potenciais de ocorrência atuais e futuras e que vem recebendo destaque em diversas áreas do conhecimento. Na presente pesquisa, a MDE foi utilizada para conhecer a distribuição e prever os impactos das mudanças climáticas sobre a distribuição geográfica da perereca-castanhola Itapotihyla langsdorffii, a qual possui ampla distribuição com populações que ocorrem ao longo da Mata Atlântica e zonas periféricas do bioma Cerrado. No Brasil ocorre entre os Estados do Rio Grande do Sul e Sergipe, havendo também populações isoladas descritas no nordeste da Argentina e no sudeste do Paraguai. A metodologia utilizada neste estudo foi a modelagem de distribuição de espécies, analisada através de um cenário atual (1970-2000) e três cenários distintos (RCP’s 4.5.6.0 e 8.5), projetados por três MCG’s (CCSM4, HADGEM2-ES e MRICGCM3) para o período futuro (média entre 2061-2080), utilizando como base os dados de ocorrência da espécie (129 registros) e as variáveis ambientais selecionadas após teste de correlação (bio1, bio2, bio4, bio12 e bio18). Os modelos foram desenvolvidos com o método de entropia máxima com o auxílio do software MaxEnt versão 3.4.1, utilizando-se na sua interface projeções bioclimáticas atuais e futuras. Os modelos de predição de distribuição atual e de cenários futuros obtiveram valores excelentes da área sob a curva (AUC) e a validação apontou alta precisão na qualidade dos modelos. Através dos resultados de Jacknife foram verificadas as variáveis bioclimáticas que mais contribuíram na distribuição espacial da espécie como a precipitação do trimestre mais quente (bio18) e a temperatura sazonal (bio4). Conclui-se que foi possível avaliar e constatar que as mudanças climáticas causam impactos positivos na distribuição geográfica de Itapotihyla langsdorffii. Isso se comprovou através das projeções futuras (cenário 6.0 do CCSM4 e HADGEM2-ES e cenário 8.5 do MRICGCM3) onde o aumento das áreas de maior probabilidade de ocorrência da espécie foram verificadas em projeções futuras (2061-2080). Os modelos futuros apontaram que as regiões climaticamente adequadas para a ocorrência de I. langsdorffii estão localizadas na zona costeira do litoral brasileiro, majoritariamente na faixa entre os Estados de Rio de Janeiro a Santa Catarina; bem como ao longo da região Sudeste do Brasil (SP, MG, ES e RJ), sentido litoral-continente. Por fim, a presente dissertação, para além de seus objetivos, pode contribuir para embasar decisões institucionais nos processos de criação de novas unidades de conservação, elaboração de Planos de Ação para conservação das espécies ameaçadas, dentre outras atuações possíveis. |