Método de avaliação da resiliência térmica do usuário em edifícios: estudo de caso em HIS no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Brandelli, Talita Marini
Orientador(a): Medvedovski, Nirce Saffer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14357
Resumo: As edificações protegem o homem do clima externo, sendo o conforto térmico um aspecto importante para a qualidade de vida dos usuários. A replicação das unidades de Habitações de Interesse Social (HIS) sem o devido cuidado de considerar a adequação com o clima do amplo território brasileiro pode interferir na qualidade e no desempenho das habitações. A qualidade do ambiente construído pode trazer prejuízos para o bem-estar dos moradores. Quando uma edificação não proporciona conforto térmico interior, os usuários tendem a adotar medidas para se adaptar e resistir ao baixo desempenho do ambiente construído, por exemplo, com o uso de equipamentos de climatização. Essa capacidade de se adaptar é entendida como a capacidade de resiliência dos usuários. Através de um estudo de caso realizado em um conjunto habitacional de HIS localizado em Pelotas, no Rio Grande do Sul (Brasil), esta pesquisa pretende auxiliar na análise da resiliência dentro do contexto brasileiro de Avaliação Pós Ocupação em HIS. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de avaliação de resiliência térmica do usuário com base na integração do nível de conforto térmico do ambiente calculado a partir da ASHRAE 55 (2020), da percepção do usuário quanto ao nível de conforto térmico e das estratégias de climatização empregadas pelo usuário. O comportamento térmico do edifício é analisado a partir do monitoramento da temperatura interna de habitações durante 365 dias. O estudo de caso foca em habitações construídas com painéis monolíticos de concreto moldados in loco na Zona Bioclimática 2 Brasileira. Utilizando dados qualitativos, foi possível analisar um aspecto subjetivo: a resiliência do usuário. Os achados da pesquisa evidenciam a capacidade adaptativa dos moradores de HIS. Os resultados apontam que os habitantes do Rio Grande do Sul provavelmente apresentam maior resiliência ao frio devido às influências socioculturais e à aclimatação. Ademais, os resultados revelaram uma diferença significativa entre os limites de conforto definidos pela ASHRAE 55 (2020) e a percepção dos usuários no clima do sul do Brasil, especialmente durante o verão. Portanto, o estudo sugere que, embora a norma americana seja uma ferramenta valiosa, é necessária uma análise crítica e adaptações para atender às características específicas de diferentes regiões e culturas.