Avaliação do desempenho e estabilidade de sistemas adesivos universais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cuevas-Suárez, Carlos Enrique
Orientador(a): Piva, Evandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4275
Resumo: O objetivo deste trabalho, dividido em quatro estudos, foi investigar o desempenho e estabilidade de diferentes adesivos universais. Materiais e Métodos: No estudo 1 foi avaliada, através de uma revisão sistemática da literatura, a resistência de união imediata e a longo prazo de adesivos universais, comparando as técnicas de aplicação: condicionamento total e autocondicionante. O estudo 2 avaliou, através de uma revisão sistemática, a resistência de união in vitro de adesivos universais a diferentes substratos indiretos quando comparados com primers específicos para cada material. Para ambas revisões, dois revisores realisaram uma busca na literatura em oito bases de dados diferentes. Os dados foram extraídos e categorizados e as médias de resistência de união dos grupos considerados foram analisadas no programa RevMan 5.3.5. No estudo 3 foi analisada a viabilidade celular de diferentes marcas de adesivos universais e a sua relação com o tipo e a quantidade de substâncias lixiviadas em função do método de preparo de amostras utilizado. Foram testados quatro adesivos universais. As amostras foram preparadas usando três métodos diferentes: discos de forma cilíndrica feitos do próprio material, discos de papel de filtro impregnados com o sistema adesivo e discos de dentina bovina impregnados com o sistema adesivo. A técnica de ultra-high performance liquid chromatography-quadrupole time-of-flight mass spectrometry (UHPLC-QTOF-MS) foi utilizada para detectar substâncias lixiviadas. A viabilidade celular foi avaliada através do ensaio de proliferação celular WST-1. No estudo 4, diferentes sistemas adesivos foram caracterizados após a simulação de armazenamento (Shelf-life). O tempo de prateleira foi simulado armazenando os materiais em uma câmara climática por diferentes períodos de tempo usando o modelo de Arrhenius. O ensaio de avaliação de resistência de união à microtração (μTBS) foi realizado com base na ISO/TS 11405. O grau de conversão (GC) foi avaliado por meio de espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier acoplado a um dispositivo de refletância total atenuada. A quantidade de nanoinfiltração foi avaliada após identificação de prata amoniacal por intermédio da técnica de microscopia eletrônica de varredura em modo de electróns retroespalhados. Resultados: Para o estudo 1, a evidência in vitro sugere que a resistência de união dos adesivos universais pode ser melhorada usando a estratégia de condicionamento seletivo do esmalte. Os adesivos universais com pH suave parecem ser os materiais mais estáveis, tanto no modo de condicionamento total quanto no modo autocondicionante. Em relação ao estudo 2, pôde ser observado que os procedimentos de adesão em zircônia e resina composta indireta poderia ser mais simples usando apenas o adesivo universal, sem necessidade de um primer específico. Por outro lado, a capacidade dos adesivos universais para obter uma resistência de união adequada e durável em cerâmicas com alto conteúdo de vidro e ligas metálicas é limitada. No estudo 3, de acordo com as evidências obtidas, a quantidade de sistema fotoiniciador lixiviado e o método de preparação da amostra têm um impacto significativo na viabilidade celular. Os resultados do estudo 4 mostraram que todos os adesivos avaliados apresentaram uma alteração significativa no seu desempenho após simulação do tempo de prateleira. De acordo com o protocolo de simulação de envelhecimento acelerado utilizado, para a maior parte dos adesivos avaliados, o período de vida útil estabelecido pelos fabricantes está superestimado. Conclusão: Para o uso em esmalte e dentina, é importante conhecer a categoria do sistema adesivo universal utilizado, com fim de determinar qual é o melhor protocolo de aplicação. Adicionalmente, a capacidade dos adesivos universais de obter uma resistência de união adequada e durável depende do tipo de material restaurador de uso indireto onde eles são aplicados. A interpretação dos resultados dos ensaios in vitro de proliferação celular deve considerar que a biocompatibilidade é afetada também pelo método utilizado. Por fim, a simulação do tempo de prateleira deve ser considerada como uma metodologia de rotina durante o processo de desenvolvimento e caracterização de sistemas adesivos universais.