Vozes intangíveis da Passagem Pedreirinha: memória e patrimônio no Bairro do Guamá, Belém do Pará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Modesto, Juliana Cordeiro
Orientador(a): Nunes, João Fernando Igansi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5455
Resumo: Esta dissertação se propôs compreender e ativar o potencial museológico da Passagem Pedreirinha, localizada no Bairro do Guamá, em Belém do Pará. Assim, o recorte de pesquisa procedeu-se por meio do estudo da cultura popular da rua supracitada. Vinculado às concepções da sociomuseologia, este trabalho tem o intuito de provocar, ativar e colocar em evidência as “memórias subterrâneas” das manifestações culturais, religiosas e afrorreligiosa existentes neste território. Levando em conta os aspectos da participação social, buscou-se dar “um outro sentido” a Pedreirinha, atribuindo-lhe novas funções, criando possibilidades da mesma tornar-se uma rua-documento, com fortes suportes de informação. A investigação metodológica ocorreu por meio de nove narrativas discursivas coletadas através da entrevista de história de vida; de pesquisa documental e bibliográfica; como também usamos o método da etnografia empregado nas atividades dos grupos culturais e religiosos. Os resultados alcançados foram: a reconstrução da história do Bairro do Guamá bem como da Passagem Pedreirinha e o construto de um mapa cultural desta rua, através do método da cartografia cultural, usando como suporte os depoimentos dos interlocutores entrevistados e dos referenciais identificados por eles. Nesse sentido, tratamos essa rua como um fenômeno museológico, mas é importante ressaltar que a Pedreirinha não perde sua função original de fluxo urbano. Porém, este processo acrescenta dimensões valorativas à rua, gerando novos significados aos que por ela passam e convivem, incorporando-a em uma nova realidade, que por meio do agenciamento das pessoas, do provocar o olhar para a importância do que fazem, damos vitalidade a tudo isso, havendo assim, a ativação patrimonial da Passagem Pedreirinha, processo este construído para a comunidade e com a comunidade. Assim, a Pedreirinha mais do que um simples espaço de tráfego, transforma-se em um lugar de efervescência cultural, tornando-se o testemunho vivo de uma outra faceta dos lugares periféricos da metrópole da Amazônia.