Avaliação do uso de Biodentine como material capeador e substituto de dentina: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Daniela Fernandes da
Orientador(a): Costa, Vanessa Polina Pereira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8545
Resumo: Os tratamentos conservadores da polpa têm como objetivo manter os dentes em função e buscam evitar a extração desnecessária de dentes permanentes, na população onde o tratamento endodôntico é inviável economicamente. Um novo material a base de silicato de cálcio chamado Biodentine, foi introduzido no mercado recentemente, para ser usado como material de capeamento pulpar e também como material restaurador coronal substituto dentinário. O fabricante do Biodentine recomenda o uso do material como capeador e restaurador provisório ao mesmo tempo, no entanto não há estudos que avaliem suas propriedades nessa condição. A vantagem de seu uso seria a aplicação de apenas um material como capeador e restaurador ao mesmo tempo, resultando em um menor tempo clínico, aspecto importante na sua indicação para pacientes jovens. Assim, esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar as características físico-químicas do Biodentine e sua performance clínica como material capeador pulpar e restaurador. A busca de dados foi realizada até maio de 2021 em cinco bases de dados eletrônicas: MEDLINE, BIREME, Web of Science, Scielo e Scopus. A busca resultou em um total de 748 artigos, desses foram selecionados 25 artigos, por título e resumo, para leitura na íntegra. Após a leitura completa dos artigos, 2 artigos foram excluídos por serem estudos de revisão sistemática e 14 artigos foram excluídos, pois o Biodentine era utilizado com outra finalidade e não se enquadravam nos critérios de elegibilidade. Um total de 09 artigos foram incluídos de acordo com os critérios de inclusão, sendo 01 (um) estudo longitudinal prospectivo e 08 artigos in vitro. O estudo longitudinal prospectivo avaliou o desempenho clínico do Biodentine como material capeador pulpar e determinou por quanto tempo ele pode permanecer como material restaurador submetido a forças de mastigação em dentes posteriores, comparando com um compósito resinoso. Três estudo in vitro compararam a força de cisalhamento entre agentes de capeamento pulpar e material restaurador. Um artigo analisou a resistência ao cisalhamento de diferentes adesivos ao Biodentine em diferentes intervalos de tempo. Dois estudos avaliaram o momento adequado para realizar a restauração após a capeamento pulpar. Um investigou as alterações de superfícies como rugosidade e estabilidade dimensional de cimentos a base de silicato de cálcio após a exposição a diferentes ambientes. Um estudo comparou a adesão à resina composta de três materiais capeadores, e caracterizou seus modos de falha e também avaliou o tempo de espera para realizar a restauração com resina composta sob o Biodentine. O Biodentine pode ser utilizado como material de capeamento e uma alternativa como restaurador provisório em restaurações de dentes posteriores. Além disso quando comparado ao MTA apresenta melhores valores de força de cisalhamento. Os estudos não recomendam que o Biodentine seja utilizado como material para uma restauração final, mas que sobre ele se realize uma restauração de resina composta, porém sem concordância quanto ao tempo, imediato ou tardio. Entretanto, não há muitos estudos clínicos longitudinais que acompanhem o comportamento do Biodentine como material forrador e substituto de dentina simultaneamente. Para isso, destaca-se a importância de mais estudos clínicos.