Fitoquímicos e atividade metabólica de extratos de amora-preta (Rubus sp.) e de mirtilo (Vaccinium sp.) em ratos wistar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lameiro, Magna da Gloria Silva
Orientador(a): Zambiazi, Rui Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5919
Resumo: A atividade metabólica normal do organismo contribui para o estresse oxidativo com danos ao DNA, RNA, proteínas e outras substâncias oxidáveis. Dietas hipercolesterolêmicas, destacam-se como um fator acelerador da produção de radicais livres nos seres vivos, contribuindo para o surgimento de doenças degenerativas. Alguns compostos bioativos presentes na amora-preta (Rubus spp.) e no mirtilo (Vaccinium sp.) possuem a capacidade de atuar como antioxidante natural tornando o alimento capaz de minimizar efeitos causados no organismo por espécies reativas do oxigênio. Baseado nesse contexto propôs-se a avaliação de polpas concentradas, diluídas (50% e 75%) e liofilizadas de amora-preta e mirtilo, através de suas características físico-químicas, quantificação de compostos fitoquímicos e do seu potencial antioxidante. Para a avaliação da ação antioxidante no organismo de ratos wistar, machos, adultos, utilizou-se bebidas compostas por amora-preta e mirtilo, com concentrações de 50% e 75%, oferecidas aos modelos biológicos diariamente, sendo estes alimentados com dietas normolipídicas (AIN-93M) e hipercolesterolêmicas (acrescida de 0,1% de ácido cólico e 1% de colesterol cristalino (p/p)). Foram utilizados 60 ratos, cepa Wistar, com peso médio de 275,29 ± 26,32g, provenientes do Biotério da Universidade Federal de Pelotas, RS, estes distribuídos aleatoriamente em dez grupos experimentais, seis por grupo, sendo que cinco grupos receberam a dieta hiperlipídica e cinco dieta normolipídica, tendo um grupo controle em cada série. Oito grupos receberam diariamente, 5 mL da polpa de amora ou de mirtilo, nas concentrações de 50% e 75%. Avaliou-se o ganho de peso, consumo de dieta, lipídeos fecais e hepáticos, perfis lipídicos hepáticos e séricos e o peso do fígado. Dosou-se o colesterol total e frações, triacilgliceróis hepático e sérico. Foi quantificado no fígado e no córtex frontal, o dano oxidativo lipídico (TBARS) e proteíco (SH), atividade das enzimas antioxidantes, superóxido dismutase (SOD) e da catalase (CAT) e o teste não-enzimático de defesa antioxidante (TRAP). A polpa de mirtilo apresentou efeito redutor sobre os níveis séricos de triacilgliceróis, colesterol total, colesterol-LDL e colesterol-VLDL, mostrando influência significativa nas concentrações de HDL em ratos Wistar normo e hipercolesterolêmicos. Diante dos resultados obtidos neste estudo, conclui-se que as polpas de frutas de amora-preta (Rubus sp.) e de mirtilo (Vaccinium sp.) apresentaram atividade antioxidante, no entanto, a intensidade dessa ação foi diferenciada entre elas. Destacando-se com o maior potencial antioxidante in vitro, o mirtilo.