Uso de etilenoglicol monometiléter como crioprotetor na vitrificação de embriões bovinos produzidos in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Aguiar, Elisângela Madeira Cardoso de
Orientador(a): Lucia Júnior, Thomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3268
Resumo: Os protocolos de vitrificação para produção in vitro de embriões (PIV) bovinos ainda são limitados. Portanto o objetivo desta tese foi identificar um novo protocolo para vitrificação de embriões bovinos PIV. No primeiro estudo (E1), foram determinadas as características de toxicidade do etilenoglicolmonometiléter (EGMME) na solução de vitrificação, com uma pré-exposição dos embriões em soluções contendo EGMME. No primeiro experimento do E1, as taxas de eclosão observadas para embriões expostos a soluções contendo EGMME em concentrações de 5, 10 e 15% durante 5 min a 39°C (30,5, 33,9 e 26,3%, respectivamente) foram semelhantes (P>0,05) à taxa observada para embriões não expostos ao EGMME (46,9%). No segundo experimento do E1, as taxas de eclosão de embriões não expostos a crioprotetores (33,4%) ou expostos ao EGMME a 10 ou 15% (32,9 e 25,1%, respectivamente) foram superiores (P<0,05) à observada para embriões expostos ao etilenoglicol (EG) a 20%,um crioprotetor comumente usado (17.0%). A expressão dos genes Bcl-2 (inibidor de apoptose), Bax (promotor de apoptose) e CCND2 (marcador de proliferação celular) não diferiu entre os grupos (P>0,05). No segundo estudo (E2), o EGMME foi testado em protocolos de vitrificação, em associação com o dimetilsulfóxido (DMSO), com avaliação das taxas de eclosão, da expressão gênica e da implantação dos embriões PIV em fêmeas bovinas previamente sincronizadas. No primeiro experimento do E2, embriões não expostos ao EGMME (controle) foram comparados com cinco tratamentos com exposição a soluções contendo: EG a 20% e DMSO a 20%; EGMME a 20% e DMSO a 15%; EGMME a 15% e DMSO a 15%; EGMME a 15% e DMSO a 20%; e EGMME a 10% DMSO a 20%. As taxas de eclosão não diferiram entre os tratamentos (P>0,05). No segundo experimento do E2, a taxa de eclosão de embriões não vitrificados (63.8%) foi superior (P<0,05) às taxas observadas para embriões vitrificados em soluções contendo EG a 20% e DMSO a 20% (T2) e EGMME a 20% e DMSO 20% (T3) (37.6% e 22.0% respectivamente). As taxas observadas em T2 e T3 foram similares (P>0,05), porém maiores que a taxa de 10.3%observada em T4 (EGMME a 15% e DMSO a 20%). A expressão dos genes BAX (promotor de apoptose) e CCND2 (marcador de proliferação celular) foram semelhantes para todos os grupos (P>0,05), mas a expressão do gene Bcl-2 (inibidor de apoptose) foi inferior no T4 (P<0,05), em comparação com os demais tratamentos. Trinta dias após a implantação dos embriões PIV em T2 e T3, as taxas de prenhez foram de 26,6% para ambos os grupos. Não foram implantados embriões PIV no T4. Esta tese Concluiu se que o EGMME pode ser usado como crioprotetor em protocolos de vitrificação de embriões bovinos PIV, pois não apresentou toxicidade nas concentrações avaliadas.