Efeito de substratos e da biofortificação com zinco sobre aspectos agronômicos e conteúdo de fitoquímicos de microverdes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dias, Luis Otavio da Fonseca
Orientador(a): Peil, Roberta Marins Nogueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8331
Resumo: Os microverdes são plantas colhidas prematuramente, geralmente, até três semanas após a germinação, quando apresentam as folhas cotiledonares completamente expandidas e túrgidas e a primeira folha verdadeira em estágio inicial de desenvolvimento. A pesquisa com microverdes constitui um ramo promissor na ciência, existindo poucos estudos destinados a avaliar distintos aspectos nesta área da produção vegetal. Diante desse contexto, este trabalho de pesquisa teve duas frentes de atuação: o estudo de substratos e da biofortificação agronômica com zinco e seus efeitos sobre aspectos relacionados ao crescimento, produção e conteúdo de compostos fitoquímicos dos microverdes. Dois experimentos foram conduzidos em um sistema de cultivo sem solo de fácil manejo, empregando bandejas plásticas preenchidas com camada de substrato de 1 cm de altura e fornecimento automático de solução nutritiva por subirrigação, instalado em estufa plástica. O primeiro teve a finalidade de avaliar o cultivo de microverdes de alface, beterraba, repolho roxo e manjericão em substratos convencionais, empregados corriqueiramente na produção de mudas de hortaliças (Carolina Soil®-mudas, casca de arroz carbonizada e a mistura de ambos) e substratos alternativos (fibra têxtil e tecido de juta). Os resultados obtidos com o experimento 1 indicam que o substrato Carolina Soil®-mudas apresenta-se como o meio mais adequado quanto à conciliação de crescimento, produtividade e conteúdo de ácido L-ascórbico e de carotenóides. A fibra têxtil, para o repolho roxo e o manjericão, assim como a casca de arroz carbonizada e a mistura Carolina Soil®-mudas + casca de arroz carbonizada, para as quatro espécies, apresentam-se como alternativas promissoras. De maneira geral, o cultivo em juta traz prejuízos ao crescimento, à produtividade e ao conteúdo de ácido L-ascórbico e carotenóides. Porém, propicia maior conteúdo de compostos fenólicos totais nos tecidos de beterraba e repolho roxo. O segundo experimento refere-se à avaliação do aumento da concentração de zinco (0, 5, 10, 20, e 30 mg L-1 ) da solução nutritiva de Hoagland a 50% de concentração e seus efeitos sobre a biofortificação de microverdes de beterraba, manjericão e repolho roxo. Os resultados obtidos no experimento 2 permitem concluir que a suplementação da solução nutritiva com 5 ou 10 mg L-1 de zinco possibilita o aumento no conteúdo de zinco nos tecidos dos microverdes avaliados desde o mínimo de 115% até o máximo de 586%, em relação ao conteúdo presente em microverdes produzidos com a mesma solução padrão com dose zero de Zn, sem haver redução do crescimento, rendimento de massa fresca e conteúdo de compostos fitoquímicos das plantas. A suplementação com doses de 20 e 30 mg L-1 deve ser desconsiderada, pois, mesmo não havendo prejuízos aos parâmetros avaliados, os níveis de Zn no tecido vegetal podem alcançar valores potencialmente tóxicos para o ser humano.