Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Arnoni, Rafael Klumb |
Orientador(a): |
Michelon, Francisca Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5378
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Resumo: |
Este trabalho tem como tema as marcas de gado registradas e utilizadas no extremo sul do Rio Grande do Sul, Brasil, na região historicamente conhecida como Campos Neutrais. As marcas são estudadas a partir de sua utilização como instrumento de registro de propriedade e como elemento simbólico, originando uma tradição de criação, transmissão e renovação destes usos. O objetivo do trabalho é identificar e registrar os mecanismos inerentes a estes processos, de forma a compreender como essa tradição se estabelece e se renova através do tempo. Para atender a este objetivo inicialmente é realizada uma investigação voltada à descrição do espaço onde esta tradição se desenvolve, apontando características históricas, geográficas, políticas e sociais que apresentem a posse de terras e de gado como fatores marcantes à formação social e cultural do campo de estudo. Os Campos Neutrais encontram-se inseridos em um contexto regional mais amplo, denominado Região Platina, que abarca o Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, parte da mesopotâmia e da pampa da Argentina e pelo Uruguai. Posteriormente é verificado como as marcas se convertem em instrumentos legais de determinação da propriedade da criação em toda a região. Para tal, são identificadas as particularidades dos lugares investigados, buscando-se estabelecer relações entre as práticas dos três países. É possível observar que a utilização das marcas de gado se mantém como referentes simbólicos, gradativamente recebendo transformações em sua forma de utilização, o que permite tanto a atualização e ampliação de seu campo de abrangência, quanto sua identificação enquanto elemento identitário. Como referentes teóricos para esta discussão são utilizados, para o primeiro capítulo, autores voltados à discussão de territórios, fronteiras e limites vindos da geografia, em especial Haesbaert. A bibliografia relativa à formação histórica é baseada em historiadores gaúchos, argentinos e uruguaios, em especial Golin e Pesavento. Para os capítulos posteriores, onde o foco é dado às marcas, foram utilizadas as referências existentes sobre o assunto, em especial Pont e Maia. Do campo da antropologia e memória se buscam os referentes para a discussão sobre identidade e tradição, em especial a partir de Candau e Arévalo. |