Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Zenker, Stefânia Garcia |
Orientador(a): |
Pegoraro, Camila |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8129
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Resumo: |
Condições ambientais desfavoráveis, como salinidade e baixas temperaturas fazem com que a produtividade do arroz (Oryza sativa L.) seja afetada. Na principal região produtora de arroz do Brasil, o estado do Rio Grande do Sul, a incidência de baixas temperaturas acarreta em perdas significativas na produtividade. Além disso, problemas com salinidade são comuns, pois a fonte de água para irrigação das lavouras, em destaque a Planície Costeira, é advinda da Laguna dos Patos, que dependendo da precipitação mensal acaba recebendo água do Oceano Atlântico, o que faz aumentar o teor de sal na água. A utilização de genótipos tolerantes é uma das estratégias para minimizar as perdas ocasionadas por estresses abióticos. A identificação de genes envolvidos com a resposta de tolerância a estresses abióticos pode auxiliar no desenvolvimento de novos genótipos. A expressão gênica é fundamental para a sinalização frente a estresses abióticos, iniciando com a ativação de fatores de transcrição (FTs), que se ligam a elementos regulatórios de ação cis (ERACs), localizados na região promotora e outras regiões regulatórias dos genes envolvidos na resposta a estresse, formando uma cascata de sinalização. A busca por FTs que estejam envolvidos na resposta das plantas sob estresses é constante, e várias pesquisas têm sido conduzidas. No entanto, há poucos estudos relacionados com a família Whirly. Nesse contexto, este estudo buscou identificar e caracterizar genes Whirly em espécies do gênero Oryza e investigar a participação desses genes em plântulas de arroz submetidas a baixas temperaturas e salinidade. O primeiro estudo demonstrou que os genes Whirly são conservados quanto ao número e localização entre as espécies do gênero Oryza, no entanto possuem variações estruturais, o que pode ser utilizado como fonte de variabilidade genética para tolerância a estresses. Ainda, a região promotora dos genes Whirly é composta por ERACs alvos de FTs DREB/CBF, AREB/ABF, MYB, MYC, WRKYs, que possuem envolvimento na sinalização de estresses abióticos. Estes resultados sugerem que os genes Whirly podem estar envolvidos na resposta aos estresses por baixas temperaturas e salinidade em arroz. No segundo estudo, conduzido com plântulas das cultivares BRS Pampa (sensível) e BRS Bojuru (tolerante) submetidas a baixas temperaturas e salinidade, verificou-se que, de maneira geral, que a condição de estresse ocasionou a indução dos genes Whirly2 e Whirly6 no genótipo tolerante. Os promotores dos genes Whirly diferem quanto ao tipo e número de ocorrências de elementos de ação cis entre as cultivares sensível e tolerante, o que pode explicar a diferença no acúmulo de transcritos observado entre elas. Os resultados encontrados mostram os primeiros indícios do envolvimento dos genes Whirly na sinalização a resposta a estresse por salinidade e baixas temperaturas em plântulas de arroz |