Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Marco Aurélio Ziemann dos |
Orientador(a): |
Pereira, Claudio Martin Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10389
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Resumo: |
A região sub-Antártica é uma área biogeográfica compreendendo a massa de terra mais meridional do continente americano conhecida por suas condições ambientais extremas que incluem, por exemplo, baixas temperaturas, fotoperíodo limitado no inverno e alta exposição à luz ultravioleta no verão. Aspectos fisiológicos, incluindo o desempenho fotossintético e informações químicas, como a concentração de pigmentos e o perfil lipídico associado às fases de desenvolvimento de macroalgas marinhas, têm sido pouco estudados. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi investigar a diferença da concentração de pigmentos, ácidos graxos e desempenho fotossintético nas fases vegetativa e reprodutiva de macroalgas Durvillae antarctica (Chamisso) Hariot, Lessonia flavicans Bory, Macrocystis pyrifera (Linnaeus) C. Agardh, Gigartina skottsbergii Setchell & N.L.Gardner, Iridaea cordata (Turner) Bory de Saint-Vincent and Mazzaella laminarioides (Bory) Fredericq da região de Magalhães (Chile). As macroalgas foram analisadas por Fluorometria de Pulso Modulada sob oito condições de irradiação (11 a 490 μmol fotons m-2 s-1), sendo a pigmentação avaliada por Espectrofotometria UV / VIS (400 a 700 nm). O perfil de ácidos graxos (FA) seguiu o método extrativo de Bligh & Dyer (1959) e a análise foi realizada por Cromatografia Gasosa por Ionização em Chamas. A e f i c i ê n c i a fotosintética (α) apresentou varaições significativa para L. flavicans (0.31 ± 0.01 to 0.38 ± 0.01 μmol e- m-2 s-1.μmol fotons m-2 s-1) e M. pyrifera (0.26 ± 0.02 to 0.31 ± 0.03 μmol e- m-2 s-1.μmol fotons m-2 s-1) para as fases reprodutiva e vegetative respectivamente. Nas algas vermelhas I. cordata (tetraesporofiticas) e M. laminarioides (carposporofitica) a variação foi entre 0.09 a 0.18 μmol e - m -2 s -1 . μmol fotons m -2 s -1. A taxa de transferência máxima relativa de elétrons (rETRmax) variou significativamente para algas pardas em L. flavicans (8,10 ± 0,84 a 12,40 ± 1,57 μmol e-s-1) e M. pyrifera (6,49 ± 1,30 a 12,89 ± 1,53 μmol e- s-1) em fases distintas de desenvolvimento. A análise da saturação da irradiância (Ek) mostrou diferenças significativas para D. antártica, variando de 166,18 ± 14,33 (vegetativa) a 132,98 ±18,43 μmol foton m-2 s-1 (reprodutiva). As maiores concentrações de pigmentos em algas pardas foram encontradas em M. pyrifera reprodutiva com 35,36 ± 0,21 de clorofila a, 7,04 ± 0,93 de clorofila c e 15,75 ± 1,42 μg g-1 de fucoxantina. Finalmente, em algas pardas as maiores concentrações de ácidos graxos totais foram 35,24 ± 2,38% (saturados) e 22,02 ± 1,95% (monoinsaturados) em M. pyrifera e 63,53 ± 3,36% (poliinsaturados) em D. antarctica. Os resultados mostraram em algas vermelhas que os lipídios totais variaram entre 1,25 a 2,72%, enquanto as classes de ácidos graxos encontradas foram de 23,34 a 59,93%, 11,20 a 18,47% e 21,60 a 65,47% para acidos graxos saturados, monoinsaturados e poliinsaturados, respectivamente. Os dados mostram que as diferenças nos parâmetros fotossintéticos, concentração de pigmentos e perfil de ácidos graxos espécies estão relacionadas ao habitat e estagio de desenvolvimento das algas. |