Micropropagação de plantas ornamentais - gypsophila paniculata e dracaena sanderiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Trevelin, Vania
Orientador(a): Peters, José Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3484
Resumo: A floricultura traz muitos benefícios sociais e econômicos, já que é possível produzir em pequenas áreas, criando trabalho e desta forma mantendo o homem no campo. O Brasil, por apresentar climas e solos bastante diversificados, é um país que possibilita o cultivo das mais variadas espécies de flores e plantas ornamentais, tanto de origem nativa ou exótica, como de clima temperado ou tropical. A Gypsophila paniculata é uma espécie com grande mercado entre as flores de corte, podendo ser propagada comercialmente através de métodos vegetativos, como enraizamento de estacas. Outra planta ornamental de destaque é a Dracaena sanderiana, conhecida como Bambu-da-sorte, sendo atualmente uma das plantas de vaso mais populares em todo o mundo. Os arranjos formados foram popularizados segundo a tradição chinesa do Feng Shui, sendo oferecidos como presentes com intuito de trazer sorte, energizar ambientes e dissipar fluxos negativos. A tecnologia da cultura de tecidos pode auxiliar na propagação destas espécies, visando à produção de mudas com elevada qualidade genética e sanitária, substituindo assim, os métodos de propagação por sementes ou estacas. Tanto as técnicas convencionais de micropropagação, como o uso de biorreatores podem ser utilizadas para a propagação destas espécies ornamentais, viabilizando aumentar a oferta de mudas para o mercado. Os estudos foram conduzidos em experimentos que visaram à multiplicação de G. paniculata, em meios MS semissólido e líquido em biorreatores com sistema de imersão temporária (STI) e o estabelecimento e indução inicial de brotações de D. sanderiana, testando diversos explantes e reguladores de crescimento, bem como avaliar o estresse oxidativo, ocorrido in vitro na fase de estabelecimento. Neste contexto, o trabalho teve como objetivos: a) realizar uma análise comparativa entre a multiplicação de G. paniculata in vitro pelo sistema convencional e por biorreatores com sistema de imersão temporária; b) definir um protocolo eficiente para o estabelecimento de D. sanderiana e analisar a atividade das enzimas antioxidantes da mesma, durante o processo de estabelecimento in vitro. Quanto aos resultados de micropropagação e multiplicação de G. paniculata, o sistema de biorreator de imersão temporária foi mais eficiente, demonstrando maior proliferação de brotações e maior número de folhas. Para D. sanderiana os resultados obtidos mostraram que o procedimento de desinfestação mais promissor para a espécie foi com hipoclorito de sódio a 2% por 15 minutos e lavagens de 10 minutos com Cetazima 250 mgL-1, com adição de PPM (Plant Preservative Mixture) ao meio de cultura. Dentre os meios testados, o meio MS semissólido suplementado com 15 mgL-1de 2ip e 0,5 mgL-1 AIA e posterior diminuição para 2mgL-1de 2ip, foram os que apresentaram os melhores resultados quanto ao estabelecimento e indução de gemas. Quanto às análises enzimáticas, após 20 dias in vitro, os explantes de D. sanderiana já apresentaram uma adaptação ao ambiente, independente de serem expostos a luz ou ao escuro.