Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bandeira, Rogger da Silva |
Orientador(a): |
Monsell, Alice Jean |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13035
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Resumo: |
Esta pesquisa em poéticas visuais aborda os experimentos realizados em Pelotas-RS, Brasil, durante e depois da pandemia, partindo do meu corpo como agente de ações performativas na procura de encontros possíveis entre meu corpo e os objetos encontrados no entorno da casa, inicialmente, objetos de consumo e utilitários e, posteriormente, assemblages que partem da noção de embalagem corpórea, e que fazem parte do processo que me levou a desenvolver ações e gestos corporais nesta pesquisa, por meio da performance e da fotoperformance, em ações que buscam: incorporar meu corpo a outros corpos, por meio de objetos vestíveis. Esses são construídos a partir de malhas e roupas de segunda mão, e se tornam o meio pelo qual posso potencializar interações táteis e encontros possíveis, tensionando limites entre meu corpo, outros corpos e os espaços arquitetônicos ao meu redor. O objeto vestível é uma segunda pele, ou pele de segunda mão, que tenta operar uma junção, um elo, ao investigar relações não habituais de contato, interações performativas entre corpo-objeto vestível. Emergem procedimentos com “gestos-mangas”, movimentos entre corpo e objeto vestível, atos de desenhar na rua, os quais, em retrospecto, parece incorporar o entorno ao corpo ou testar os limites de contato entre meu corpo e outros corpos, sejam esses objetos ou sujeitos, sempre potencializando o abraço com mangas, em experimentos com meu corpo, que adentra em mangas de roupas de malha, em Roupagem de 2019, produção que sinaliza ações performativas posteriores, como um objeto vestível que exponho no canto entre duas paredes como um “quadro”, uma sugestão do potencial de um encontro com outros corpos e com o entorno arquitetônico, na construção objetual chamada Elo de 2022. O “gesto-manga” marca um encontro possível entre corpos, potencializando a possibilidade de instaurar elos com as pessoas e os objetos, em relações performativas recíprocas, bem como espaços onde o corpo se encontra entre paredes, espaços de contato possíveis, quase vestíveis, demarcados pelos limites, muros ou por sua sombra projetada mais penetrável pela ação do meu corpo. O desejo do encontro tátil e perceptual encontra limites: meu corpo performativo aciona o desejo de incorporar-se aos outros corpos vestíveis. No texto, discuto artistas referenciais como Lygia Clark e sua proposta O Eu e o Tu, e ações performativas na produção de Hélio Oiticica, Bruce Nauman, bem como o conceito das cinco peles de Hundertwasser e as roupas/múltiplos de látex da artista gaúcha Helena Kanaan. Abordo questões de performance e da fotografia em Maria Beatriz de Medeiros, no filósofo francês Maurice Merleau-Ponty, no crítico e poeta brasileiro Ferreira Gullar e questões do entorno no filósofo francês Gaston Bachelard |