Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Goveia, Janaina Vilella |
Orientador(a): |
Vanier, Nathan Levien |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7385
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Resumo: |
Triciclazol, tebuconazol e propiconazol são fungicidas sistêmicos, de amplo espectro de ação, e utilizados no controle de doenças em arroz. Dependendo do manejo utilizado na aplicação os resíduos podem persistir até o momento da colheita, resultando na ocorrência de resíduos acima dos limites tolerados. Em relação a qualidade de grãos, estudos são necessários para a avaliação de efeitos da aplicação de fungicidas a campo sobre a produtividade e a qualidade do arroz recém colhido e armazenado. Neste contexto, grãos de arroz da cultivar IRGA 424 RI foram submetidos à aplicação de triciclazol, tebuconazol e propiconazol nos estágios fenológicos R2 e R4, com intervalo de 14 dias entre as aplicações. Foram testadas a dose recomendada e o dobro da dose recomendada para cada princípio ativo, sendo: 225 e 450 g de triciclazol / ha; 150 e 300 g de tebuconazol / ha; 187,5 e 375 g de propiconazol / ha. Foi preparado um tratamento controle sem aplicação de fungicida. O delineamento experimental de casualização por blocos, com três repetições, foi utilizado. A análise de cromatografia líquida (CL) com detecção por espectrometria de massas (MS) do residual de fungicidas no arroz integral não revelou nenhuma diferença entre a dosagem recomendada e o dobro da dose recomendada para os ingredientes ativos triciclazol (0,01-0,01 mg/kg) e tebuconazol (0,14-0,16 mg/kg). O ingrediente propiconazol apresentou maior teor de resíduo (0,20 mg/kg) com o dobro da dose recomendada em comparação ao observado para os grãos tratados com a dose recomendada (0,11 mg/kg). Grãos tratados com o dobro da dose recomendada foram submetidos ao processo de parboilização. O arroz parboilizado integral apresentou 0,40 mg/kg de propiconazol e 0,21 mg/kg de tebuconazol. Após o polimento os níveis de resíduos desses ingredientes ativos foram reduzidos para 0,18 mg/kg e 0,13 mg/kg, respectivamente. A produtividade de grãos das parcelas tratadas com fungicidas foi maior do que o tratamento controle, mas nenhuma diferença estatística foi observada entre os ingredientes ativos. O peso de mil grãos do arroz tratado com fungicida foi maior do que o controle, principalmente para os tratamentos com propiconazol e tebuconazol. O rendimento de grãos inteiros (67-68%) e a brancura dos grãos (43,2-44,8 GBZ) não foram impactados pelo uso de fungicida, tipo de ingrediente ativo ou dosagem. Outros estudos devem considerar outras cultivares, o local de cultivo, bem como uma safra com clima mais adverso para a incidência da doença do que o que foi observado na condução do presente estudo. Quanto a conservação na pós-colheita, grãos que apresentavam resíduos de propiconazol e tebuconazol tiveram menor incidência de Fusarium após um período prolongado de armazenamento com umidade do grão mais elevada (20%). O tebuconazol também apresentou efeito sobre o Penicillium. De forma geral, grãos oriundos da aplicação com propiconazol e tebuconazol apresentaram menor amarelecimento e manutenção de maior rendimento de grãos inteiros após o armazenamento. |