Produção e aplicação de húmus líquido e seu efeito nas propriedades químicas do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Echer, Reges
Orientador(a): Schiedeck, Gustavo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/2975
Resumo: As minhocas e o húmus gerado por elas são amplamente utilizados pela agricultura familiar de base ecológica, porém pouco se sabe acerca da utilização do húmus no formato líquido como uma alternativa de adubação, incremento dos cultivos e promoção da saúde do solo. O estudo teve como objetivo avaliar parâmetros químicos e físicos do húmus de minhoca durante o processo de produção de húmus líquido sob aeração e o efeito de sua aplicação nas propriedades nutricionais do solo sob diferentes manejos de cobertura. O húmus de origem animal foi produzido a partir de esterco bovino e o húmus vegetal da mistura de pó de café esgotado com erva mate na proporção 2:1. O húmus líquido (HL) de cada resíduo foi preparado a 12,5% (massa seca), sob aeração. As características químicas do húmus líquido foram avaliadas com 0, 2, 4, 6, 22 e 24 horas de aeração. Em casa de vegetação, foi montado um experimento com três tratamentos (HB – húmus líquido bovino, HV - húmus líquido vegetal e C – controle), com e sem cobertura de palhada no solo, sendo a aplicação realizada quatro vezes em intervalos de 30 dias. Os valores de pH para HB tenderam a neutro, já para HV diminuíram. CE aumentou para HB e HV e tanto ph quanto CE estabilizaram-se após 6 horas de aeração, enquanto o NH4+ aumentou continuadamente, NO3- diminuiu e NEI ficou estável. No solo o húmus líquido não alterou os níveis de nitrogênio disponível. O pH do solo teve leve tendência de neutralidade em todos os tratamentos, já CE diminuiu para HV e C e para HB duplicou o valor inicial. A presença de palhada nos tratamentos influenciou positivamente na tendência de estabilização dos valores de NO3- ao final do experimento e no desenvolvimento da biomassa vegetal de plantas espontâneas nos vasos, assim como os tratamentos HB e HV, indicando que outros fatores não nutricionais podem estar envolvidos na germinação e estabelecimento das plântulas. Com base nos resultados obtidos, pode-se afirmar que há diferença entre os resíduos e que o maior incremento nas propriedades avaliadas ocorre até as 6 horas de aeração. Por sua vez, o volume e frequência de aplicação do húmus líquido não afetou a concentração do nitrogênio no solo, embora tenha contribuído para maior formação de biomassa espontânea. Novos estudos devem ser conduzidos para avaliar a forma de aplicação do húmus líquido e suas propriedades não nutricionais.