Associação entre condições meteorológicas de inverno e doenças respiratórias em crianças na cidade de Pelotas-RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lopes, Fernando Nunes
Orientador(a): Nedel, Anderson Spohr
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Meteorologia
Departamento: Faculdade de Meteorologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3463
Resumo: Variações diárias nas condições de tempo e clima, seja a nível local ou global, têm frequentemente afetado a saúde da população, cujos problemas variam desde um simples mal-estar, até transtornos de maior gravidade, podendo levar à morte. As doenças respiratórias podem ser agravadas ou até mesmo desencadeadas por fatores meteorológicos. O conhecimento dos ciclos sazonais, ou de escala menor (intra-sazonal) das variáveis do tempo nos permite antecipar algumas mudanças biológicas no ser humano, como, por exemplo, as que ocorrem devido ao vírus RSV e Influenza, responsável por desencadear infecções respiratórias. Este estudo tem como objetivo analisar as condições de tempo favoráveis ao aparecimento de doenças respiratórias em crianças menores de nove anos, na cidade de Pelotas-RS, no período 2008 a 2013 e, assim, introduzir uma metodologia para estimativa de períodos mais críticos a estas enfermidades. Foram utilizados dados de variáveis meteorológicas obtidos da estação convencional do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), bem como informações de internações hospitalares de crianças, junto ao Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUFSP), da cidade de Pelotas. Os resultados mostraram que invernos anômalos, com ingressos de fortes massas de ar frio e úmido na região estabelecem períodos (dias) favoráveis ao desencadeamento/agravamento de infecções respiratórias e que três dias após a entrada de sistemas meteorológicos que provocam altos valores locais de umidade, baixa temperatura e grande mudança na direção do vento é maior a possibilidade de internação hospitalar, concordando com outros pesquisadores, sobretudo, quanto aos grupos mais suscetíveis a esse tipo de tempo, crianças e idosos.