Estabilidade de compostos potencialmente bioativos e alterações de qualidade em frutos e produtos de pimenta (Capsicum spp.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Dambros, Juliele Ilone
Orientador(a): Chim, Josiane Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3089
Resumo: As pimentas do gênero Capsicum spp. fazem parte da biodiversidade e da riqueza cultural brasileira, são cultivadas em todo o território nacional possuindo uma enorme variedade de cores, sabores, tamanho e pungência. A Embrapa Clima Temperado – Pelotas, com o intuito de conservar e caracterizar a variabilidade genética de pimentas do gênero Capsicum, mantém um banco ativo de germoplasma de Capsicum (BAG). As pimentas são utilizadas in natura ou processadas. Portanto muitos destes genótipos necessitam de avaliação quanto aos aspectos de qualidade e potencial para utilização em produtos alimentícios. Durante o processamento, pode ocorrer redução no teor de compostos bioativos, pela sua instabilidade às condições tecnológicas de processamento, o que consequentemente pode reduzir a capacidade antioxidante, além de interferir também nas características sensoriais. Com base nisto o presente trabalho teve como objetivo caracterizar acessos de pimenta Capsicum spp. para fins tecnológicos e avaliar a estabilidade de compostos potencialmente bioativos. O teor de compostos fenólicos de pimentas in natura variou de 52,45 mg.100g -¹ (P259) a 21,20 mg.100g -¹ (P27) equivalentes de ácido gálico. O teor de carotenoides totais variou de 0,64 mg.100g -¹ (P259) a 40,26 mg.100g -¹ (P115) equivalentes de β-caroteno, o teor de ácido L-ascórbico de 158,38 mg.100g -¹ (P22) a 18,86 mg.100g -¹ (P115) e o teor de capsaicinoides totais de 0,024 mg.100g -¹ (3,93 SHU) no acesso P27 a 1734 mg.100g -¹ (279.174,27 SHU) para o acesso P247. Em relação aos produtos observaram-se perdas e incrementos nos teores de compostos bioativos, os quais foram influenciados pelo tipo de processamento e pelas características iniciais do fruto in natura (principalmente para geleia e pirulito , quando comparado com teor do fruto in natura). A redução do teor de vitamina C (ácido L ascórbico), chegou a 81,62% para a conserva da pimenta P259, e o teor de compostos fenólicos totais em conserva de pimenta P115 foi 5 vezes menor quando comparado ao fruto in natura. O processamento de pimenta conserva, desidratada e em pasta promoveu o incremento no teor de carotenoides totais. A análise sensorial dos produtos revelou que os consumidores de pimenta da região de Pelotas/RS preferem produtos com pungência não muito elevada e de coloração vermelha.