Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Eliane Freitas de |
Orientador(a): |
Andreazza, Robson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12809
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Resumo: |
O biodiesel é um biocombustível biodegradável que pode ser obtido a partir da transesterificação de óleos vegetais ou gorduras animais, como o óleo do resíduo do pescado. A disposição deste resíduo no meio ambiente, gera gases com maus odores, lixiviação de material orgânico, impermeabilização do solo e eutrofização em corpos hídricos. A utilização destes resíduos para produção de biodiesel, é uma alternativa sustentável. O objetivo deste estudo foi caracterizar o óleo extraído dos resíduos de pescado para produção de biocombustível. O óleo foi extraído do resíduo (cabeça e carcaça com vísceras) por cozimento em dois tratamentos: 60°C/120 minutos (T1) e 80°C/90minutos (T2), observando suas características físico-químicas e o maior rendimento em óleo. O perfil de ácidos graxos dos óleos obtidos em T1 e T2, foi determinado por cromatografia gasosa com detector por ionização de chama. Foram avaliados os métodos de transesterificação convencional (aquecimento e agitação) nos tempos de 30 e 60 minutos de reação, e assistido por ondas ultrassônicas nos tempos de 1, 2 e 3 minutos, sob as frequências ultrassônicas de 20kHz e 40kHz. A conversão do óleo em biocombustível ocorreu com auxílio de álcool metílico e hidróxido de sódio como catalisador, observando-se o rendimento. A composição química do óleo obtido do resíduo e do biocombustível obtido nas duas técnicas, foi investigada por espectroscopia do infravermelho. Foram determinados o índice de acidez e o índice de peróxidos dos biocombustíveis. Os resultados das extrações mostraram que o Tratamento 2 foi o de melhor rendimento em óleo e, apresentou massa específica de 0.921± 0.01g/cm-3 . Os índices de acidez, iodo, peróxidos e saponificação do óleo estão de acordo com a literatura. A determinação da umidade do resíduo confirma sua composição magra. A umidade do óleo está acima do limite ideal para obter um bom rendimento em biodiesel na transesterificação. O perfil de ácidos graxos do óleo apresentou os ácidos graxos palmítico, palmitoleico e oleico como os de maior porcentagem em área. O método convencional foi o de melhor rendimento em biodiesel (97,95 ± 0,69%) com 60 minutos de reação, apresentando massa específica de 0.895 ± 0.00g/cm-3 . O método ultrassônico obteve maiores rendimentos (81,02±,59%) com 2 minutos de sonicação na freqüência de 20 kHz. Os índices de acidez e peróxidos determinados nos biocombustíveis estão abaixo do limite determinado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A espectroscopia do infravermelho identificou os grupos funcionais éster e carbonila, que fazem parte da composição dos óleos e confirmou a conversão do óleo residual em biodiesel. O biodiesel obtido nas duas técnicas apresentou altas concentrações de sódio, potássio e magnésio, provenientes do resíduo do pescado, da salga e do hidróxido de sódio utilizado para catalisar a reação. Entretanto, a obtenção de um biocombustível a partir de resíduos com inadequada destinação final, ampara este projeto. A geração de um produto com valor agregado nestas condições, incentiva melhorias nos aspectos econômicos, sociais e ambientais de uma região. |