Utilização de equipamento de proteção individual na colheita do tabaco: o entendimento do produtor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Corrêa, Ana Luiza Bacelo
Orientador(a): Canever, Mario Duarte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais
Departamento: Faculdade de Administração e Turismo
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3849
Resumo: O fumo em folha é o quinto produto mais exportado pelo país. O tabaco é cultivado principalmente em pequenas propriedades com mão de obra familiar. No sul do Brasil, aproximadamente 186 mil famílias obtém sua principal renda através da produção de tabaco. Devido ao seu método de produção pouco mecanizado e de intensivo trabalho, doenças ocupacionais são associadas a esse cultivo. Entre elas o risco de intoxicação pela nicotina presente nas folhas do tabaco, denominada doença da folha verde do tabaco (DFVT). Esta doença é provocada pela exposição à nicotina que ocorre através da absorção dérmica proveniente do contato das folhas de tabaco com a pele. Para prevenir a DFVT o uso do equipamento de proteção individual (EPI) na colheita do tabaco se faz necessário. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa foi analisar o entendimento do agricultor sobre a utilização do equipamento de proteção individual (EPI) na colheita do tabaco e como o produtor o relaciona com a doença da folha verde do tabaco (DFVT). Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo, sendo a produção dos dados realizada em duas etapas. Para a realização da pesquisa utilizou-se um banco de dados baseado em entrevistas primárias realizadas pela equipe de extensão rural de Assistência Técnica e Extensão Rural(ATER) na região Centro Sul do Rio Grande do Sul. Foram selecionados os produtores para a realização das entrevistas semiestruturadas em quinze famílias. Os resultados confirmaram que a maioria dos produtores não utiliza a vestimenta de colheita, tendo como principal queixa, o desconforto térmico. Eles conhecem os riscos provenientes das folhas de tabaco e, por isso, utilizam-se de estratégias para evita-los através de adaptações em roupas/vestimentas existentes ou produzidas por eles. Outra estratégia utilizada é ir mais tarde para a lavoura, evitando assim o contato com as folhas úmidas pelo orvalho da manhã. Este fato mostra que os agricultores têm conhecimento sobre a vulnerabilidade de colher a folha do tabaco úmida. Todos estão conscientes sobre a existência da DFVT e muitos afirmaram que já se sentiram mal, com sintomas e sinais desta enfermidade. Nem todos acreditam que o EPI de colheita seja eficiente para a prevenção da DFVT.