Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guterres, Karina Affeldt |
Orientador(a): |
Cleff, Marlete Brum |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8032
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Resumo: |
As afecções dermatológicas apresentam grande importância em pequenos animais, destacando-se as infecções pelo gênero Pseudomonas, que se apresenta resistente a maioria dos antimicrobianos utilizados na clínica médica. A resistência bacteriana é fonte de preocupação, aumentando as pesquisas em busca de novas opções terapêuticas, como as plantas medicinais, podendo-se citar a Família Lamiaceae. Assim, o objetivo do trabalho foi verificar a casuística de Pseudomonas aeruginosa em amostras de otites de cães recebidas pelo Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD), determinar o perfil de resistência da mesma a antimicrobianos e aos óleos essenciais de Origanum vulgare, Origanum majorana e Rosmarinus officinalis, avaliar um possível sinergismo dos óleos com antimicrobianos, assim como determinar a composição química dos óleos e a citotoxicidade destes em células MDBK e em espermatozóides, através dos métodos CASA e citometria de fluxo. Para o levantamento da casuística de otites registradas no LRD, avaliou-se todas as fichas de 2010 a 2018 de cães, sendo selecionadas aquelas com isolamento deP. aeruginosa. Os óleos essenciais utilizados no estudo, foram obtidos através de hidrodestilação por arraste à vapor, sendo testados nas concentrações de250µg/mL- 1.Para o antibiograma utilizou-se 13 fármacos, sendo que para avaliação da susceptibilidade de Pseudomonas spp. aos óleos essenciais e para a associação dos antimicrobianos com os óleos, o método de difusão em disco (Kirby-Bauer,1966) foi usado. Para avaliação da citotoxicidade, utilizou-se células renais (MDBK) e células espermáticas, sendo a toxicidade de MBDK avaliada pelo método MTT e dos espermatozóides por CASA e citometria de fluxo.P. aeruginosa esteve presente em 11% das amostras de otite canina recebidas entre 2010 e 2018 no LRD. Os isolados caninos de Pseudomonas spp. apresentaram alta taxa de multiresistência (46,7%)aos antimicrobianos, em especial aos Beta-lactâmicos, sendo sensíveis para Quinolonas, Gentamicina e Imipenem. Os óleos essenciais inibiram Pseudomonas spp., formando halos de inibição maiores para OERO seguido de OEOM e OEOV. Quando se avaliou os óleos essenciais com os antimicrobianos, observou-se sinergismo em 90% das associações. OEOV e OEOM apresentaram composição majoritária de Gamma-Terpinene, 4-Terpineol e Alpha-Terpinene, enquanto em OERO destacaram-se Cineole, Alpha-Pinene e Camphor. Todos os óleos apresentaram citotoxicidade alta à partir de 0,24 μg/mL-1 para MDBK, sendo OERO o mais citotóxico.No CASA, observou-se aumento na motilidade das células espermáticas nas concentrações de 20μg/mL-1 e 40μg/mL-1 em 0 e 24hs de exposição ao OEOV sendo que ocorreu redução destas à partir de 160μg/mL-1. OEOM na concentração de 20µg/mL-1 não alterou MT e MP, Distância média percorrida, Amplitude do deslocamento lateral da cabeça e Frequência do batimento flagelar cruzado, independente do tempo de exposição. Houve aumento da fluideztotal nas concentrações de 20 a 40µg.mL-1 e fluidez viável em 40 e 80µg/mL-1 para OEOV e OEOM.Na citometria de fluxo, os parâmetros avaliados não sofreram alterações significativas na concentração de 20 a 40µg/mL-1 de OEOV nas 24hs de exposição, havendo para OEOM, alterações significativas à partir da concentração de 40µg.mL-1, em 0 e 24 horas.As alterações provocadas pelas concentrações maiores dos óleos sugerem toxicidade, assim como evidenciam os possíveis mecanismos de ação a serem explorados para aplicação farmacológica dos óleos da família Lamiaceae, em especial Origanum vulgare. |