Prevalência da perda dentária e do uso de prótese dentária autorreferidos na população idosa: um estudo de base populacional em Pelotas/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ribeiro, Camila Garcez
Orientador(a): Demarco, Flávio Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12875
Resumo: O acelerado processo de transição demográfica, vivenciado por países como o Brasil, dificultou uma reorganização social e assistencial que possibilite atender adequadamente as demandas emergentes de saúde do idoso. A perda dentária é considerada um dos mais frequentes problemas de saúde bucal entre os idosos, repercute de forma direta e indireta na saúde geral e na qualidade de vida, tendo como medida reabilitadora o uso de prótese dentária. Este estudo objetivou estimar as prevalências do edentulismo, da perda dentária severa, da ausência de dentição funcional, do uso e da necessidade de prótese dentária autorreferidos, e da saúde bucal autopercebida como ruim ou muito ruim. E ainda, verificar os fatores associados à perda dentária nos seus diferentes graus de severidade. Para tal, foi realizado um estudo transversal de base populacional com 1.451 idosos, na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Razões de prevalência brutas e ajustadas foram estimadas por meio de regressão de Poisson. As prevalências verificadas foram 39,3% para edentulismo, 60,9% para perda dentária severa, 82,7% para ausência de dentição funcional, 84,8% para uso de prótese dentária, 41,1% para necessidade de usar (ou substituir) prótese dentária e 8,9% para saúde bucal autopercebida como ruim ou muito ruim. Os fatores associados positivamente e de forma independente à perda dentária em ao menos um dos diferentes graus de severidade foram sexo feminino, idade avançada, ser viúvo, baixa renda familiar, baixa escolaridade, tabagismo, depressão, última consulta odontológica há mais de 24 meses e realizada no serviço particular. As altas prevalências de perda dentária nos seus diferentes graus de severidade e de uso e necessidade de prótese, juntamente a constatação de fatores associados passíveis de intervenção alertam para necessidade de medidas e programas que priorizem a faixa etária idosa com ênfase na prevenção da perda dentária e na reabilitação protética.